Perfil Epidemiológico de Meningite no Tocantins: uma análise retrospectiva

  • Autor
  • Anna Carollinna Garcia Machado
  • Co-autores
  • Rebeca Gedro Lessa , Adria da Silva Santos , Helcileia Dias Santos , Fabiana de Andrade Bringel
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: As meningites constituem um problema de saúde pública global, com alto potencial de morbimortalidade. A meningite é uma inflamação das meninges, seja por causas infecciosas ou não infecciosas. As infecções por bactérias ou vírus são as mais frequentes e as primeiras a serem consideradas, na prática clínica, como hipótese diagnóstica. No Brasil, com destaque para região Norte, as meningites são consideradas endêmicas, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais no verão. OBJETIVOS: Compreender o perfil epidemiológico das meningites no Tocantins de 2013 a 2023. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo estatístico, analítico, transversal e retrospectivo, utilizando os dados fornecidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde (DATASUS/MS), a respeito da incidência de meningites no Tocantins de 2013 até 2023. RESULTADOS: Foram registrados 549 casos de meningites no Tocantins. A cidade de Araguaína teve o maior número de casos (177), seguida por Palmas (100) e Gurupi (34). Com exceção de Colinas de Tocantins (17), Nova Olinda (11), Paraíso de Tocantins (11) e Porto Nacional (11), todas as demais cidades tiveram menos de 10 casos registrados nesse período. Considerando a raça, foram contabilizados 52 casos em pessoas autodeclaradas brancas, 12 casos em pessoas autodeclaradas pretas, 2 casos em pessoas autodeclaradas amarelas, 464 casos em pessoas autodeclaradas pardas e 9 casos em pessoas autodeclaradas indígenas. 10 pessoas não declararam a cor da pele. O sexo masculino foi mas afetado pela doença (331) quando comparado ao sexo feminino (218 casos). Quanto à faixa etária, houve maior incidência das meningites em pacientes de 20-39 (117), seguida por menores de 1 ano (94), e em pessoas com 49-59 (73), 5-9(66), 10-14(48), 15-19(38), 65-69(12), 60-64(11), 70-79(5) e 80+(3). CONCLUSÃO: Os resultados demonstraram que houve maior número de casos de meningite bacteriana, no município de Araguaína, em pessoas autodeclaradas pardas, do sexo masculino e com idade entre 20-39 anos. O perfil epidemiológico da doença acompanhou a tendência mundial, destoando apenas quanto à etiologia mais frequente. Houve maior tendência da doença em jovens, corroborando a predisposição pela idade e a necessidade de ações preventivas, sobretudo em crianças. Por meio dos resultados apresentados, este trabalho pode subsidiar ações de planejamento e intervenções que visem controle e prevenção da meningite na região Norte, principalmente no estado do Tocantins. 

  • Palavras-chave
  • Epidemiologia, Meningites, Saúde Pública.
  • Área Temática
  • Saúde Pública e Determinantes Sociais de Saúde
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