Introdução: A dengue, uma das doenças virais mais prevalentes no Brasil e no mundo, continua a representar um desafio significativo para a saúde pública nacional. Transmitida pela picada do mosquito fêmea Aedes aegypti, essa doença pode se manifestar de várias formas, desde casos assintomáticos até formas graves que podem levar à morte. Entre os principais sinais e sintomas da dengue, incluem-se febre alta, dores no corpo intensas, cefaleia (dor de cabeça), astenia (fraqueza generalizada), náuseas, vômitos, erupções cutâneas e, em casos mais graves, sangramentos. A alta incidência da dengue está relacionada a diversos fatores, que incluem condições climáticas favoráveis ao mosquito vetor, como temperaturas elevadas e períodos chuvosos, que favorecem a reprodução do Aedes aegypti. O acúmulo de água parada em recipientes como pneus, vasos de plantas e recipientes descartáveis também contribui significativamente para a proliferação do mosquito, aumentando o risco de transmissão da doença. Objetivo: analisar a prevalência da dengue no período de 2019 a abril de 2024 na região do Bico do Papagaio, localizada no extremo norte do estado do Tocantins. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, documental, tendo como fonte de dados o Sistema Integra Saúde Tocantins, em seu sítio eletrônico, sobre a prevalência da dengue entre 2019 e 2023 em residentes da região do Bico do Papagaio - TO. Resultados: No período entre 2019 e 2023 foram notificados 1085 casos confirmados de dengue na região do Bico do Papagaio, sendo que o menor número de casos foi registrado em 2020 (n=116) e o maior quantitativo em 2022(n=625). Além disso, foram notificados 317 casos confirmados em 2019, 156 casos em 2021 e 159 casos em 2023. Dessa forma, observou-se uma certa variação no quantitativo de casos confirmados no período analisado, entretanto, sempre permanecendo um quantitativo significativo de casos confirmados na região. Conclusão: Diante da persistência da dengue como um desafio de saúde pública na região do Bico do Papagaio, no Tocantins, a análise dos casos confirmados revela uma incidência significativa ao longo dos anos, com variações anuais. Esses dados evidenciam a necessidade de medidas contínuas e abrangentes de prevenção e controle da doença, incluindo ações de combate ao vetor e campanhas educativas para conscientização da população. A redução da incidência da dengue na região requer uma abordagem integrada e multidisciplinar, visando garantir o bem-estar da comunidade local.
Comissão Organizadora
Centro Acadêmico Ruth Sonntag Nussenzweig
Talys Arruda Jucá da Silva
Sarah Garcia Bento Fonseca
ASHLEY FERNANDA DE SOUSA E SOUSA
Mônica Oliveira Silva Barbosa
Julia Leite Abreu
Comissão Científica
Ana Beatriz Pereira de Souza
Gustavo Costa Freitas
Ana Caroline Lemos de Andrade