INTRODUÇÃO: As doenças exantemáticas são de natureza viral, altamente contagiosas e se caracterizam pelo aparecimento de exantemas, que são erupções cutâneas na pele, podendo apresentar manifestações sistêmicas, ou seja, afetar o organismo de forma mais ampla.. Destacam-se entre elas o sarampo e a rubéola com registros mais frequentes. A coleta e análise dos dados referentes a essas enfermidades são fundamentais para a elaboração de políticas públicas de saúde de prevenção e controle dessas doenças. OBJETIVO: Determinar o perfil epidemiológico de doenças exantemáticas no estado do Tocantins durante os anos de 2007 a 2022. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada uma análise epidemiológica retrospectiva, descritiva e transversal utilizando os dados fornecidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde (DATASUS/MS) com os atributos “município de residência”, “sexo”, “raça” e “faixa etária”. RESULTADOS: A incidência de pacientes com rubéola e sarampo no estado do Tocantins nos anos de 2007 a 2022 é mais frequente entre indivíduos de raça parda, sendo 29 dos 45 casos registrados. O ano de 2007 teve a maior quantidade de casos de rubéola confirmados durante o período observado, com 33 casos, sendo 25 notificações do sexo masculino e 8 do sexo feminino, com maior acometimento de homens com faixa etária entre 20 a 29 anos. Quanto aos casos de sarampo, foram registrados apenas 2 casos da doença no período analisado no município de Porto Nacional, ocorridos em 2020. Dentre os municípios, os locais mais acometidos por rubéola são: Palmeirópolis e São Salvador do Tocantins. O genótipo de sarampo mais comum registrado no estado do Tocantins foi o D8, entretanto, ainda não há registros relacionados à rubéola quanto à característica genotípica do vírus. O último caso de rubéola registrado no Brasil foi em 2008, já o último caso de sarampo ocorreu em 2022. CONCLUSÃO: Os dados obtidos demonstraram uma redução da incidência dessas enfermidades após 2007, sendo que desde 2022 não foram registrados mais novos casos de ambas as doenças em todo Brasil, o que pode ter relação direta com a vacinação contra essas doenças, contida dentro do calendário básico de vacinação. Porém, é importante frisar a relevância e importância das notificações dos casos nos sistemas de informação pelas unidades de saúde, pois isso contribui significativamente para uma vigilância epidemiológica mais precisa, abrangente e eficaz.
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