INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, resultado da ingestão excessiva de calorias maior do que o gasto energético. Múltiplas são as tentativas atuais na redução do peso destacando-se uma classe de fármacos, utilizados inicialmente para o tratamento de Diabetes Mellitus (DM) tipo 2, os quais possuem efeito incretínico, que dentre muitas funções retarda o esvaziamento gástrico, produzindo a sensação de saciedade. Esses fármacos têm sido utilizados de maneira desordenada para fins de emagrecimento, em vista de fins estéticos, sendo negligenciado o acompanhamento profissional, podendo causar danos à saúde. OBJETIVO: Analisar a eficácia e seguridade do uso de Ozempic, medicamento inicialmente indicado para o tratamento de DM 2. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada uma revisão de literatura por meio de busca em bases de dados como MEDLINE/PUBMED e Google scholar, utilizando os descritores "Ozempic", “obesidade” e “diabetes”. A seleção foi feita mediante critérios de relevância abrangendo estudos publicados nos últimos 10 anos. Os artigos foram analisados para fornecer uma visão abrangente do papel do ozempic no processo de emagrecimento, observando sua efetividade e segurança. RESULTADOS: Foram selecionados quatro artigos a fim contemplar os objetivos. O Ozempic atua estimulando a secreção de insulina pelas células beta do pâncreas e reduzindo a produção de glucagon pelas células alfa, de forma dependente da glicose para as ações, levando a diminuição da glicemia em jejum e pós-prandial, induzindo a sensação de menor fome e desejo por comida, resultando em menor consumo alimentar. A semaglutida, presente no medicamento, demonstrou superioridade em comparação com outros medicamentos da mesma classe, na promoção da perda de peso. Observou-se melhora no controle glicêmico, diminuição da circunferência abdominal e do IMC. A perda de peso foi de 5% a 10% quando comparada aos pacientes tratados com comparadores. Percebeu-se a apresentação de efeitos adversos, como patologias gastrointestinais, hipoglicemia, dor de cabeça e aumento das taxas de lipase. CONCLUSÃO: O corpo é visualizado como uma construção cultural, visto que cada sociedade se manifesta de maneira distinta por intermédio de corpos diferentes. A busca pelo corpo perfeito leva muitas vezes ao uso indiscriminado de medicamentos, sem acompanhamento profissional, o que pode desencadear alterações fisiológicas do indivíduo. Os medicamentos devem ser utilizados como tratamento coadjuvante apenas em casos específicos e sempre acompanhados de outras práticas, como a de exercícios físicos.
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