Introdução: A dor musculoesquelética é uma condição prevalente em todo o mundo, com prevalência de 11,2% em mulheres e 7,2% em homens. Essa dor é caracterizada por desconforto ou sensação de dor nos músculos, articulações, tendões ou ligamentos. Pode ser causada por uma série de fatores, como lesões, atividade física excessiva, postura inadequada, envelhecimento ou doenças crônicas. São comuns em profissionais da saúde, principalmente quando envolvidos em trabalhos que exigem posturas prolongadas, movimentos repetitivos e manipulações de instrumentos por tempos prolongados. Essas dores, de leve a moderada intensidade, podem levar a morbidade, incapacidade, redução da produtividade e má qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a relação entre ergonomia e dores musculoesqueléticas em profissionais da saúde. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva qualitativa, com pesquisa bibliográfica, nas bases de dados PUBMED/MEDLINE e Embase, utilizando os descritores “musculoskeletal pain”, “disease prevention”, "cumulative trauma disorders" e termos associados: "ergonomics", "repetitive motion disorders", "health care professionals", articulados pelos operadores booleanos “AND” e “OR”. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados nove artigos, os quais foram analisados a partir dos critérios de inclusão: artigos relacionados ao tema, internacionais. Como critérios de exclusão, foram utilizados artigos incompletos, pagos e/ou duplicados. Resultados: Estudos enfatizaram a importância da ergonomia na saúde ocupacional e prevenção de distúrbios musculoesqueléticos. A participação ativa dos trabalhadores na implementação de soluções adaptadas melhorou as condições de trabalho e saúde. No entanto, é essencial adotar estratégias abrangentes considerando aspectos ergonômicos e fatores individuais como sexo e índice de massa corporal (IMC). Profissões de alto risco, como Cirurgia Vascular, Ultrassonografia e Odontologia, foram identificadas. Estratégias recomendadas incluem uso de cadeiras ergonômicas, lupas e lentes prismáticas para reduzir lesões por esforço repetitivo (LER), ajuste adequado da logística dos equipamentos, evitando movimentos rotativos frequentes e levantamento de cargas pesadas, juntamente com promoção contínua da consciência ergonômica durante as atividades diárias. Conclusão: A ergonomia é uma ferramenta essencial para melhorar as condições de trabalho, prevenir lesões musculoesqueléticas e promover a saúde ocupacional em diversas profissões, com destaque aos profissionais da saúde. O estudo sublinhou a importância de realizar outros estudos longitudinais para avaliar a eficácia sustentada dessas intervenções ao longo do tempo, uma vez que as práticas em saúde encontram-se em pleno avanço e desenvolvimento.
Comissão Organizadora
Centro Acadêmico Ruth Sonntag Nussenzweig
Talys Arruda Jucá da Silva
Sarah Garcia Bento Fonseca
ASHLEY FERNANDA DE SOUSA E SOUSA
Mônica Oliveira Silva Barbosa
Julia Leite Abreu
Comissão Científica
Ana Beatriz Pereira de Souza
Gustavo Costa Freitas
Ana Caroline Lemos de Andrade
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