INTRODUÇÃO: O Covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo SARS-CoV-2, possui alta transmissibilidade e comportamento potencialmente grave, tendo uma amplitude global, acometendo assim os povos indígenas e aflorando, na pandemia, as desigualdades existentes na saúde pública. Ademais, é imprescindível relatar sua forma de transmissão composta de três pilares: por contato, por gotículas e por aerossol, desta forma é válido mencionar que o modo de vida indígena baseado em práticas coletivas corroborou para a disseminação desse vírus. Desse modo, urge medidas com o fim de sanar as desigualdades existentes e garantir o que é pregado pela Constituição Federal. OBJETIVOS: Descrever por meio das pesquisas na literatura científica as principais dificuldades na esfera da saúde enfrentadas pelos povos indígenas na pandemia de Covid-19, no Brasil. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, desenvolvido por meio de uma revisão integrativa da literatura, em que foram selecionados artigos na base de dados SCIELO e PubMed, utilizando a estratégia de busca “Indigenas” AND “Covid” OR “Coronavirus”. Desse modo, incluíram-se artigos publicados em português e inglês nos últimos 5 anos, excluídos os artigos que não condizem com a abrangência do tema abordado, sendo selecionados 5 artigos. RESULTADOS: O COVID-19 é uma síndrome respiratória aguda, na sua forma grave requer cuidados intensivos, sendo inacessível para diversas populações indígenas. Outrossim, os indígenas em meio à COVID-19 tiveram dificuldades no acesso à saúde, apesar da existência Subsistema de Saúde Indígena, que prevaleceu com grande precariedade, sendo ineficiente em atender a demanda desses indivíduos. Ainda, a taxa de mortalidade dos povos indígenas é o dobro do resto da população, isso é justificável pela carência de atendimento nas aldeias, dificuldade no acesso aos centros de alta complexidade, carência informacional e ausência de insumos médicos. Além disso, as comunidades indígenas apresentam uma baixa eficiência imunológica devido à variação de genes, requerendo um atendimento de saúde eficiente, que não ocorreu na crise da COVID-19, resultando em um alto índice de morte nessa população. CONCLUSÃO: Através da observação dos aspectos descritos, ratifica-se que a desigualdade no sistema de saúde dos povos indígenas, foi crucial para a alta taxa de mortalidade de COVID-19, aflorando o estado de vulnerabilidade vivenciado por tais indivíduos. Portanto, urge a formatação do Subsistema de Saúde Indígena, de modo a sanar os problemas vivenciados esse povo e garantir uma saúde de qualidade, evitar os quadros de omissão.
Comissão Organizadora
Centro Acadêmico Ruth Sonntag Nussenzweig
Talys Arruda Jucá da Silva
Sarah Garcia Bento Fonseca
ASHLEY FERNANDA DE SOUSA E SOUSA
Mônica Oliveira Silva Barbosa
Julia Leite Abreu
Comissão Científica
Ana Beatriz Pereira de Souza
Gustavo Costa Freitas
Ana Caroline Lemos de Andrade