INTRODUÇÃO: A tuberculose é uma doença infecciosa crônica causada pela Mycobacterium tuberculosis, sua transmissão ocorre por meio da inalação de aerossóis contendo o bacilo. Apesar de atualmente ser curável, se realizado tratamento adequado, é problema de saúde pública para os indígenas, já que nessa comunidade a incidência de tal patologia é 20 vezes maior que a da população geral brasileira. Ademais, a situação de vulnerabilidade vivenciada pelos povos indígenas corrobora para a alta incidência de tuberculose e a ausência do tratamento adequado resulta no óbito, na disseminação e na reativação da patologia. OBJETIVOS: Descrever, por meio das pesquisas na literatura científica, os fatores de risco, desafios no diagnóstico e tratamento da tuberculose nos povos indígenas. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, desenvolvido por meio de uma revisão integrativa da literatura, em que foram selecionados artigos na base de dados SCIELO e PubMed, utilizando a estratégia de busca “Tuberculose” AND “Indígenas” OR “Índios”. Desse modo, incluíram-se artigos publicados em português e inglês nos últimos 5 anos, disponíveis na íntegra e excluídos os artigos que não condizem com a abrangência do tema abordado, sendo identificados 3 na SCIELO e 2 na PubMed. RESULTADOS: A tuberculose é uma das doenças infecciosas que mais mata no mundo, e sua maior incidência na comunidade indígena urge atenção. Assim, é imperativo frisar que a baciloscopia no escarro, método fundamental para o diagnóstico e controle do tratamento da tuberculose, é inacessível para as diversas comunidades indígenas, contribuindo ainda com a disseminação da enfermidade. Outrossim, o esquema de tratamento para a doença, composto de quatro drogas durante 6 meses, tem difícil adesão e continuidade, devido à carência dos insumos para o tratamento desses povos. Ainda, é válido ressaltar os fatores genéticos dos indígenas, como um adicional de risco para a suscetibilidade à tuberculose. Destarte, a busca ativa, essencial para o controle da disseminação da tuberculose, carece nas comunidades indígenas. Ademais, o acesso limitado aos serviços de saúde e as condições de vida superlotadas são agravantes das altas incidências de tuberculose nessa comunidade. CONCLUSÃO: Diante do exposto, ratifica-se que os povos indígenas encontram-se em situação de vulnerabilidade, no que tange a incidência de tuberculose, apresentando dificuldades básicas: no diagnóstico, tratamento, controle e busca ativa. Portanto, é indiscutível que a situação das comunidades indígenas precisa de intervenção, fornecendo o suporte necessário para se ter a diminuição ou escassez de tal patologia, ou sua resolutividade.
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Centro Acadêmico Ruth Sonntag Nussenzweig
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