DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS ESPÉCIES DO VETOR DA LEISHMANIOSE IDENTIFICADAS EM ESTUDOS DE REPASTO SANGUÍNEO: UMA REVISÃO DA LITERATURA

  • Autor
  • Guilherme Soares de Sousa
  • Co-autores
  • Andreina Martins Araujo Costa , Jaqueline Nogueira Andrade , Kaline Ribeirio de Almeida Vassallo , Mylena Costa Rosenburg Alvares , Orientador: Silvia Minharro Barbosa
  • Resumo
  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS ESPÉCIES DO VETOR DA LEISHMANIOSE IDENTIFICADAS EM ESTUDOS DE REPASTO SANGUÍNEO: UMA REVISÃO DA LITERATURA

     

    Introdução: A leishmaniose é uma antropozoonose cujos parasitas são do gênero Leishmania. Os hospedeiros vertebrados são infectados pelas fêmeas hematófagas de insetos flebotomíneos, durante o repasto sanguíneo, pela inoculação das formas promastígotas metacíclicas do parasito. Por se tratar de um doença de importância para a saúde pública, sobretudo em áreas endêmicas, é relevante conhecer as preferências alimentares e a prevalência das espécies para o controle da transmissão. Objetivos: Descrever a distribuição geográfica das principais espécies vetoras da Leishmaniose mais identificadas nos estudos laboratoriais de análise do repasto sanguíneo pela técnica PCR. Método: A metodologia foi estruturada com base na construção de uma revisão narrativa da literatura, através da busca por estudos clínicos e experimentais em bases de dados (PubMed, Scielo, LILACS e Google Scholar) nos idiomas inglês e português, usando os termos de pesquisa: “sand flies”, “Phlebotomus”, “Lutzomyia”, “Sergentomyia”, “blood meal” e “PCR”, combinados com os booleanos AND e OR. Foram incluídos artigos que realizaram a identificação do repasto sanguíneo de flebotomíneos pela técnica PCR e das espécies capturadas. Resultados: Dezoito artigos foram selecionados após aplicação dos critérios de elegibilidade. Foram incluídas nesta revisão estudos realizados em áreas endêmicas nos continentes africano, americano, asiático e europeu. A ferramenta empregada para o reconhecimento das espécies em todos foi a identificação taxonômica baseada nos caracteres morfológicos específicos, descritos por autores cujos mais citados foram: Young e Duncan (1994) e Galati (2003). Cada estudo demonstrou em sua metodologia desde a área de estudo, captura e nomeação dos insetos, extração do DNA, amplificação genética e resultados. Discussão: Na África, há predomínio dos gêneros Sergentomyia e Phlebotomus, com alta prevalência de Ph. papatasi, Ph. perniciosus, Ph. longicuspis e Ph. orientalis, além de Ser. fallax, Ser. minuta e Ser. dreyfussi. De igual modo, os mesmos gêneros predominam na Europa e, além das espécies citadas, foram identificadas: Ph. sergenti, Ph. tobbi, Ph. negligus, Ph. alexandri e Ser. dentata. Na Ásia, há maior predomínio apenas do gênero Phlebotomus. Na América, prevaleceram os gêneros Lutzomyia spp. e Brumptomyia spp. e das espécies Lu. trapidoi, Lu. gomezi, Lu. panamensis, Lu. trirâmula e Lu. disponeta. Os gêneros Psathyromyia, Psychodopygus, Bichromomyia, Nyssomyia, Micropygomyia e Pressatia também foram registrados. Conclusões: Os estudos de análise do comportamento alimentar dos insetos vetores de Leishmaniose apresentam ampla distribuição das espécies entre os continentes e regiões brasileiras e são, portanto, úteis para o entendimento do complexo panorama ecológico que compreende a transmissão desta doença.

  • Palavras-chave
  • Leishmaniose, Psychodidae, Medicina Tropical.
  • Área Temática
  • Saúde Pública e Determinantes Sociais de Saúde
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