O Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença metabólica crônica que se caracteriza pela combinação de resistência insulínica (RI) e à incapacidade da célula beta em manter uma adequada secreção de insulina, que tradicionalmente ocorre apenas em adultos. Entretanto, atualmente tem-se verificado a prevalência em crianças e adolescentes, associados à obesidade, antecedentes familiares, falta de atividade física e estilo de vida. Ao longo dos anos, a literatura tem mostrado que, gradativamente, crianças e adolescentes têm ingerido maior quantidade de bebidas contendo altas concentrações de carboidrato. Este comportamento, somado ao sedentarismo, corrobora o surgimento de sobrepeso e obesidade, e consequentemente DM2. Foi realizada uma revisão narrativa da literatura com os descritores diabetes mellitus, diabetes mellitus tipo 2 e resistência à insulina, nas bases de dados PubMed, Scielo e Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes, resultando em 54 estudos analisados. Foram utilizados como critérios de exclusão, literaturas que abordaram DM1, DM2 em adultos e idosos e diabetes gestacional. E os de inclusão foram estudos sobre DM2 em crianças e adolescentes, idade até 19 anos (conforme OMS define idade limite para adolescência), fatores de risco para o desenvolvimento da resistência à insulina entre os anos de 2008 á 2020, publicados em inglês e português. Após essas aplicações, foram incluídos 27 artigos. A pesquisa foi realizada de 28 de janeiro de 2020 a junho de 2020. O diagnóstico do DM2 em jovens ocorre em uma média de idade em que a puberdade está ocorrendo e o ambiente hormonal presente nesta faixa etária corrobora para sinais como aconthosis nigricans e hiperglicemia. Como a progressão para o DM2 é lenta, crianças e adolescentes permanecem em um estado hiperglicêmico intermediário, ou seja, pré-diabetes, totalmente assintomáticos que torna impossível estabelecer o início da doença. Esses indivíduos pré-diabéticos aos poucos irão evoluir para o DM2, onde cerca de 25% entre 3 a 5 anos após diagnóstico e 70% no decorrer da vida. A hiperglicemia, assim como outras comorbidades que acompanham o DM2, como por exemplo a dislipidemia e hipertensão, colaboram para o aparecimento de doenças na fase adulta. Os critérios diagnósticos se baseiam basicamente na avaliação da glicemia e da hemoglobina glicada. Os principais mecanismos terapêuticos para o portador de DM2 é a mudança dos hábitos de vida e em alguns casos a associação de terapia medicamentosa como a Metformina. A obesidade é uma realidade em muitos jovens e fatores genéticos, má alimentação e sedentarismo, influenciam o desenvolvimento do DM2. É imprescindível a mudança de estilo de vida. Outros estudos são importantes, pois com a identificação, acompanhamento e tratamento desses jovens será possível melhorar a qualidade de vida no futuro.
Os trabalhos publicados deverão ter sido inscritos no Congresso Médico Acadêmico da Unicamp - COMAU, e terem o seu projeto aprovado por 2 avaliadores (docentes e pós graduandos escolhidos pela Comissão Científica).
O contato com a Comissão Científica pode ser realizado através do e-mail: ctfcomau@unicamp.br
Corpo Editorial: Diretório Científico Adolfo Lutz
Endereço: R. Tessália Vieira de Camargo, 126 - Cidade Universitária, Campinas - SP, 13083-887
Periodicidade: Anual
https://doity.com.br/anais/comau2020