A prática abortiva encontra-se presente no transcorrer de toda história humana, com relatos em livros médicos chineses que datam do século XXVII a.C. Inúmeros métodos foram utilizados e alterados ao longo do tempo, seja por influência de avanços científicos, seja por mudanças advindas de políticas públicas restritivas à prática. O presente estudo buscou analisar como estas alterações nos métodos abortivos influenciaram, ou não, nas eventuais complicações vivenciadas pelas mulheres no pós abortamento. Para tanto foi realizada uma revisão integrativa, levantando estudos presentes nas bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval (Medline); Scientific Eletronic Library Online (Scielo); Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), foram incluídos trabalhos publicados na íntegra em periódicos indexados como artigos, notas e revisões, na língua portuguesa e inglesa. Não foi estabelecido um limite temporal. A análise e a interpretação dos resultados foram apresentadas de forma descritiva. Verificou-se que, a despeito da disseminação de novos medicamentos abortivos entre a população - em especial de baixa renda - ter diminuído o número internações hospitalares, a taxa de abortamentos inseguros não apresentou mudanças significativas. Atribui-se a isto, ao longo do estudo, o fato da problemática do aborto perpassar a seara médica, envolvendo inúmeros estigmas e fatores sociais que, de igual maneira, necessitam de uma abordagem ampla por parte do Estado e da sociedade civil.
Os trabalhos publicados deverão ter sido inscritos no Congresso Médico Acadêmico da Unicamp - COMAU, e terem o seu projeto aprovado por 2 avaliadores (docentes e pós graduandos escolhidos pela Comissão Científica).
O contato com a Comissão Científica pode ser realizado através do e-mail: ctfcomau@unicamp.br
Corpo Editorial: Diretório Científico Adolfo Lutz
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Periodicidade: Anual
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