Terapia nutricional na pancreatite aguda: uma revisão de literatura

  • Autor
  • Saulo Almeida Santos
  • Co-autores
  • Matheus Durand Rodrigues Ribeiro Viana , Lucas Durand Rodrigues Ribeiro Viana
  • Resumo
  • Introdução: a pancreatite aguda é uma doença em que existe um processo inflamatório no pâncreas, havendo repercussões locais e sistêmicas. Não existe um tratamento específico para a doença, portanto as terapias de suporte possuem um papel fundamental no manejo desse paciente. Dessa forma, a terapia nutricional na pancreatite aguda, objeto de estudo desse artigo, possui um papel fundamental nesse tratamento, pois a sua correta utilização, nesse contexto, leva a melhores desfechos clínicos para esses pacientes. Objetivo: Analisar o papel da terapia nutricional e suas indicações no contexto da pancreatite aguda. Métodos: Foram utilizados, para escrita desta revisão, artigos indexados no PUBMED (United States National Library of Medicine) e publicados entre os anos de 2014 e 2021. Apenas ensaios clínicos foram selecionados. Os idiomas utilizados para filtro de busca das produções científicas foram: inglês e espanhol. Resultados: Nos estudou analisados, evidenciou-se que a terapia nutricional enteral gerou mais benefícios para os pacientes do que a parenteral, em especial nos idosos. Em pacientes com pancreatite aguda grave, as fibras solúveis foram apontadas como nutrientes capazes de gerar melhor desfecho clínico para os pacientes. A utilização de substâncias imunomoduladoras na terapia nutricional parenteral foi relacionada com menores taxas de mortalidade nos pacientes com pancreatite aguda grave. Em pacientes pediátricos, a introdução precoce da dieta resultou em melhores desfechos. Esses benefícios não foram demonstrados em amostragem composta por pacientes adultos. Conclusão: A pancreatite é uma doença grave, e, portanto, necessita de intervenção imediata, sendo parte da conduta a realização de uma terapia nutricional adequada. Nesse sentido, a nutrição enteral é apontada como superior à parenteral, por ser mais fisiológica e manter a integridade do aparelho digestivo e imunológico. Não houve diferença clínica significativa entre o início precoce da terapia nutricional e a nutrição oral sob demanda, excetuando-se os pacientes pediátricos, que se beneficiaram da nutrição precoce, facilitando o período de recuperação. A utilização de fibras e de substâncias imunomoduladoras deve ser estimulada, pois resultaram em melhores desfechos clínicos.

  • Palavras-chave
  • Pancreatite aguda, Terapia nutricional, Nutrição
  • Área Temática
  • Clínica Médica
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