Leiomiomas uterinos são tumores benignos originados de células da musculatura lisa uterina com grande quantidade de matriz extracelular e crescimento dependente de estrogênio e progesterona, embora não necessariamente sejam responsáveis pela gênese tumoral. São majoritariamente sólidos e mais frequentes entre 30 e 40 anos, associando-se ao consumo de carne vermelha e obesidade. Dentre os fatores protetores destacam-se gestação acima de 20 semanas e uso de contraceptivo oral. Seu diagnóstico é baseado no exame físico ginecológico combinado com achados radiológicos em ultrassonografia de útero. A ressonância magnética, por sua vez, é adequada para localização e descarte de diagnósticos diferenciais como adenomiose, adenomiomas, diferenciando inclusive o leiomioma do leiomiossarcoma. Trata-se de um trabalho retrospectivo, e os materiais utilizados foram dados do prontuário, resultados de exames da paciente, além de revisão bibliográfica sobre o assunto nas plataformas PubMed, Scielo, Google Acadêmico e Diretrizes Terapêuticas. O caso relatado aponta uma mulher jovem, branca, obesa e nulípara, apresentando volumoso leiomioma uterino, determinando sintomas compressivos. Ao expor seu desejo de engravidar, foi proposta terapia medicamentosa inicialmente, utilizando análogo de GnRH para redução do volume do leiomioma. Sem sucesso, houve dúvida sobre o diagnóstico. Após o tratamento medicamentoso, foi proposta a miomectomia. Apesar de a indicação de histerectomia como tratamento definitivo ser o padrão ouro para a miomatose uterina, tal escolha impossibilitaria conservar o útero e uma gestação futura. Optou-se então pela miomectomia, acompanhada de biópsia por congelamento intraoperatória, a qual confirmou o diagnóstico de leiomioma uterino.
Os trabalhos publicados deverão ter sido inscritos no Congresso Médico Acadêmico da Unicamp - COMAU, e terem o seu projeto aprovado por 2 avaliadores (docentes e pós graduandos escolhidos pela Comissão Científica).
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