A pandemia de COVID-19 transformou rapidamente o modo de vida da população brasileira. Investigou-se a percepção de moradores de ocupação urbana em relação a pandemia, pobreza, condições de moradia e medidas de controle recomendadas, mediante a análise de conteúdo de entrevistas realizadas com moradores da comunidade. Houve crescimento da ocupação em razão da chegada de novos moradores que perderam seus empregos, aumentando a densidade de moradias e pessoas, o que favorece a tensão social, disputa por água e risco de incêndios, e dificultando o distanciamento entre as pessoas. Crianças e adolescentes interromperam seus estudos. Ações de caridade como doações de alimentos e roupas foram essenciais para minimizar o impacto da falta de renda para necessidades básicas, denunciando a fragilidade das políticas de bem-estar social. Dentro dos limites do território da ocupação não há costume de uso de máscara por parte dos moradores. Percebe-se aumento da exclusão social em razão da desigualdade de acesso ao estudo remoto e ao home office via ferramentas digitais. A grave situação sociossanitária das comunidades mais pobres apresentou piora durante a pandemia, condição que pode ser percebida pelo discurso de moradores de ocupações urbanas.
Os trabalhos publicados deverão ter sido inscritos no Congresso Médico Acadêmico da Unicamp - COMAU, e terem o seu projeto aprovado por 2 avaliadores (docentes e pós graduandos escolhidos pela Comissão Científica).
O contato com a Comissão Científica pode ser realizado através do e-mail: ctfcomau@unicamp.br
Corpo Editorial: Diretório Científico Adolfo Lutz
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Periodicidade: Anual
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