Introdução: O evento síndrome coronariana aguda (SCA) está relacionado à diversos fatores de risco, entre eles, a presença de doença renal crônica (DRC). Da mesma forma, pode haver uma maior relação entre portadores de DRC e mortalidade intra-hospitalar em pacientes admitidos com SCA, sendo, portanto, uma comorbidade preditora de prognóstico.
Objetivo: Determinar quais fatores predizem maior mortalidade em pacientes admitidos com síndrome coronariana aguda em ambiente hospitalar.
Método: Trata-se de um estudo coorte histórico de pacientes admitidos com síndrome coronariana aguda em serviço de cardiologia. Foram incluídos os pacientes que apresentavam diagnóstico confirmado de SCA e registros em prontuário de exames de admissão, incluindo hemograma, troponina, creatinina, Proteína C reativa, sódio e potássio, além de presença de comorbidades e fatores de riscos como doença renal crônica, hipertensão, dislipidemia, diabetes tabagismo, obesidade e etilismo, história de evento cardiovascular prévio presença de doença arterial coronariana conhecida, doença arterial periférica. Foram excluídos os prontuários sem informações ou de pacientes que durante o internamento tiveram o diagnóstico de SCA excluídos. Assim, os pacientes foram analisados quanto à características clínicas, comorbidades, fatores de risco e amostra de sangue para avaliação laboratorial. A análise foi feita através do IBM SPSS, versão 25. As variáveis contínuas foram analisadas pelo teste não paramétrico Student’s-T teste e as variáveis categóricas pelo teste qui-quadrado. Um valor p de < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo.
Resultados: Dentre os 340 pacientes incluídos na pesquisa, houve maior prevalência do sexo masculino, representando 59,41% na amostra. As variáveis idade, pressão arterial sistólica, histórico de infarto agudo do miocárdio prévio, e histórico de doença renal crônica estiveram relacionados com maior mortalidade, com significância estatística (p=0,07, p=0,031 e p=0,034, p=0,011, respectivamente). Na análise multivariada apenas a presença de doença renal crônica foi um marcador independente de mortalidade.
Conclusão: Podemos concluir que a doença renal crônica atua como fator de risco cardiovascular elevado, mas também é preditora de risco para mortalidade intra-hospitalar. Nesse sentido, pacientes com doença renal crônica, no contexto de síndrome coronariana aguda, representam um forte incentivo para o desenvolvimento de estratégias direcionadas para reduzir o risco e mortalidade nesta população.
Os trabalhos publicados deverão ter sido inscritos no Congresso Médico Acadêmico da Unicamp - COMAU, e terem o seu projeto aprovado por 2 avaliadores (docentes e pós graduandos escolhidos pela Comissão Científica).
O contato com a Comissão Científica pode ser realizado através do e-mail: ctfcomau@unicamp.br
Corpo Editorial: Diretório Científico Adolfo Lutz
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