Análise in silico das consequências funcionais e estruturais de SNPs em G6PD e SOD2 associados ao câncer de tireoide.

  • Autor
  • Sarah de Lima Saraiva Leão
  • Co-autores
  • Elisangela Souza Teixeira , Profa. Dra. Laura Sterian Ward
  • Resumo
  • O câncer de tireoide (CT) é uma das neoplasias cuja incidência é crescente no Brasil, e estudos analisando fatores envolvidos em seu surgimento e desenvolvimento têm sido amplamente realizados. Dentre os fatores em análise há o estresse oxidativo do microambiente tumoral, e a partir disso buscamos entender como alterações em estruturas envolvidas no balanço redox celular podem vir a interferir na tumorigênese tireoidiana. Neste estudo, selecionamos as enzimas glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), que produz a coenzima NADPH atuante na redução de espécies reativas de oxigênio (ROS), e a enzima superóxido dismutase mitocondrial MnSOD (SOD2), localizada predominantemente na matriz mitocondrial e importante na dismutação do superóxido (O2-) mitocondrial, convertendo superóxido em peróxido de hidrogênio e oxigênio. A partir de uma análise in silico envolvendo bancos de dados e programas computacionais, avaliamos variações polimórficas nos genes G6PD e SOD2 e o seu impacto na estrutura e função das respectivas proteínas resultantes. Foram incluídos os polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) do tipo missense, considerados deletérios no programa SIFT Blink e no PredictSNP 1.0. Adicionalmente, as ferramentas Mupro, I-Mutant, Polyphen2, Provean, SNPs&GO, PMUT e PANTHER foram empregadas para maior detalhamento dos SNPs incluídos. No gene G6PD, 64 variantes polimórficas foram classificadas com potencial deletério na maioria das ferramentas analisadas, sendo 39 delas cumulativamente consideradas altamente deletérias em 100% das ferramentas analisadas. De forma análoga, SOD2 apresentou variantes com potencial deletério na maioria das ferramentas, inclusive a variante rs4880 (Ala-9Val). Embora esta não apresentasse impacto conformacional e estrutural, a substituição resultou na diminuição da estabilidade da proteína, o que sugere uma menor eficiência no transporte de SOD2 para matriz mitocondrial. A conexão entre o estresse oxidativo e doenças da tireoide é extensivamente estudado, entretanto pouco se sabe sobre o papel destas variantes no câncer de tireoide. Novas investigações, in vitro, em casos de tumores tireoidianos tornam-se necessárias.

  • Palavras-chave
  • câncer de tireoide, estresse oxidativo, bioinformática
  • Área Temática
  • Clínica Médica
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