INTRODUÇÃO: Em dezembro de 2019, o vírus SARS-COV-2 foi identificado em Wuhan, China. Nomeada de COVID-19, a infecção se espalhou ampla e agressivamente. O quadro clínico varia desde assintomáticos até formas mais severas da doença. Achados como trombose e danos a órgãos extrapulmonares sem a presença do vírus nesses locais, prevê uma intensa resposta inflamatória com estado de hipercoagulabilidade. O Dímero-D, produto de degradação da fibrina, pode ser utilizado como marcador da taxa de formação e destruição de coágulos. No COVID-19, o aumento desse marcador é frequente e sua elevação associa-se a maior mortalidade. OBJETIVO: esclarecer dúvidas acerca de Dímero-D e COVID-19. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão bibliográfica, utilizando 4 artigos publicados nas plataformas Scielo e Pubmed de 2020 a 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O Dímero-D trata-se de um importante marcador sérico de hipercoagulabilidade, mostrando o estado pró-trombótico e predispondo disfunções como: tromboembolismo venoso periférico e embolia pulmonar. Nesse contexto, pacientes hospitalizados com COVID-19 apresentam aumento da prevalência de tromboembolismo associado às taxas elevadas de Dímero-D. Alguns fatores como idade avançada e comorbidades corroboram para elevação. Ainda, sabe-se que valores elevados de Dímero-D e o seu grau estão diretamente relacionados com a gravidade da doença. Por fim, observou-se que o aumento do Dímero-D em quatro vezes do valor basal foi um importante preditor de mortalidade. Portanto, alterações de hipercoagulabilidade associa-se a um mau prognóstico do COVID-19, reforçando a necessidade de monitorização de Dímero-D. CONCLUSÃO: Valores elevados de Dímero-D têm maior associação com a mortalidade e pior prognóstico nos pacientes com COVID-19.
Os trabalhos publicados deverão ter sido inscritos no Congresso Médico Acadêmico da Unicamp - COMAU, e terem o seu projeto aprovado por 2 avaliadores (docentes e pós graduandos escolhidos pela Comissão Científica).
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