O papel da subunidade proteica EMC3 na tumorigênese induzida por RAS em Drosophila melanogaster e em linhagem celular humana

  • Autor
  • Letícia Helena Kaça do Carmo
  • Co-autores
  • Airton de Carvalho Júnior , Enilza Maria Espreafrico
  • Resumo
  • O EMC (Endoplasmatic Reticulum Membrane Complex) é um conjunto proteico altamente conservado em eucariotos e importante para modificações pós-traducionais (MPT). Proteínas RAS são essenciais para deflagração de sinais proliferativos em cânceres, sendo os proto-oncogenes RAS os mais frequentemente mutados nessa patologia. MPTs de RAS ocorrem no retículo endoplasmático. Relata-se interação entre RAS, EMC3, EGFR e RAB5A. Portanto, EMC3, do complexo EMC, poderia atuar como co-chaperona das oncoproteínas RAS e/ou assessora para metil e/ou lipídio transferases, funções essas primordiais na ativação da via de proliferação RAS-RAF-MEK-ERK. O presente projeto objetivou, assim, avaliar a participação de EMC3 na supressão do fenótipo tumorigênico desencadeado por RASV12 em Drosophila melanogaster e em linhagens celulares humanas. Como metodologia, foi realizada, em Drosophila melanogaster, análise fenotípica da prole dos cruzamentos entre controle e superexpresso em RAS em comparação aos silenciados para EMC3 (sistema GAL4>UAS) - expressão gênica validada em RT-qPCR. O desenvolvimento ocorreu a 18º e, após estágio L3, a 25° até a eclosão. Adicionalmente, células humanas da linhagem HEK293T foram transduzidas com vetor lentiviral shRNA-EMC3 e transfectadas com plasmídeo GFP-HRasV12; investigação por Western Blot da ativação da via de RAS com e sem silenciamento de EMC3; Ensaio Clonogênico e Microscopia de Epifluorescência. Como resultado, nos cruzamentos encontramos supressão total do fenótipo tumorigênico em 78% dos animais obtidos. Nas células humanas, o silenciamento de EMC3 causou acúmulo da GFP-H-RasV12 no citoplasma, prevenindo sua localização tipicamente associada à membrana plasmática, além de alterar a fosforilação de ERK e o crescimento clonogênico. Conclui-se, dessa forma, que os resultados reforçam a hipótese de que EMCs atuam como co-chaperona das oncoproteínas RAS e/ou como assessoras para metil e/ou lipídio transferases.

  • Palavras-chave
  • Câncer, sinalização intracelular, modificações proteicas pós-traducionais, retículo endoplasmático.
  • Área Temática
  • Ciência Básica
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