A pandemia da COVID-19 e o impacto no acompanhamento de doenças crônicas não transmissíveis.

A pandemia da COVID-19 e o impacto no acompanhamento de doenças crônicas não transmissíveis.

• Autor
• Juliane dos Santos Madruga
• Co-autores
• Beatriz Mendes Oliveira , Angélica Russi Domanski dos Santos , Edson Masera Terra
• Resumo

• Introdução: No final do ano de 2019, iniciou-se a pandemia do Coronavírus que devido a sua transmissão por contato com gotículas respiratórias, teve rápida progressão e medidas de proteção como distanciamento e isolamento social precisaram ser adotadas. Além disso, a realocação de profissionais de saúde para o combate ao coronavírus e outros fatores fizeram com que parte da população tivesse uma assistência a serviços de saúde reduzida, incluindo os portadores de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Como as DCNT são as principais causas de morte no mundo, faz-se necessário avaliar o impacto da pandemia na saúde dessas pessoas. Desse modo, é necessário estabelecer relação entre a pandemia do COVID-19 e a repercussão no acompanhamento das DCNT avaliando esse impacto. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica do tema utilizando os descritores  Doença Crônica; Atenção Primária à Saúde; SARS-CoV-2; Isolamento Social; Estilo de Vida. A pesquisa foi feita nas bases de revistas, jornais e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Também foi realizada uma pesquisa de dados e documentos do Ministério da Saúde, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Foram selecionados 21 artigos para a elaboração da revisão. Resultados: A pandemia do coronavírus fez com que o mundo adotasse medidas para contenção da transmissão, impactando diretamente nos sistemas de saúde. Em relação ao sistema de saúde houve diminuição dos profissionais da saúde responsáveis pelos cuidados dos doentes crônicos, dificuldade na realização dos exames de rastreio e diminuição no número de consultas agendadas e de emergência. O impacto também foi observado no fornecimento dos medicamentos com diminuição da distribuição pela ANVISA e de retirada pelos usuários. O isolamento social resultou em menor ingestão de frutas e hortaliças, diminuição de atividade física e aumento do consumo de álcool e tabaco. Ademais,  o crescimento dos fatores de risco e a falta de acompanhamento médico aumentam as chances de desenvolvimento e agravamento das DCNT. Discussão e Conclusão: é imprescindível a elaboração de alternativas para esse acompanhamento, como o teleatendimento, a fim de permitir o cuidado continuado a esses pacientes, diminuindo seu acesso aos serviços de emergências por agudizações e as complicações geradas pelo cuidado irregular das DCNT.

• Palavras-chave
• Doença Crônica, Atenção Primária à Saúde, SARS-CoV-2, Isolamento Social, Estilo de Vida
• Área Temática
• Saúde Coletiva

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