Introdução: Conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde, a taxa de cesáreas em um determinado país deve estar em um intervalo de 10% a 15%, tendo em vista que essa via de parto acarreta riscos por ser um procedimento cirúrgico de médio a grande porte. Contudo, essa via no Brasil em 2010 era cerca de 52,3%, segundo a UNICEF. Ademais, tendo conhecimento de práticas intervencionistas desnecessárias, como a episiotomia e a manobra de Kristeller, que não possuem benefícios comprovados nem para a mãe e nem para o bebê, cabe a análise acerca de intervenções médicas durante ciclo gravídico-puerperal que se desdobram em uma violência obstétrica no país. Objetivo: Descrever acerca do impacto da introdução de medidas médicas autoritárias e que não levam em consideração a autonomia da mulher sobre a escolha da via de parto, assim como durante a ocorrência dela e no período puerperal. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática que utiliza artigos científicos das bases de dados como Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Resultados: Foram selecionados 08 artigos desde 2011 acerca da violência obstétrica e das vias de parto, tanto na visão das equipes de saúde que estão em contato constantemente com grávidas e puérperas, quanto pela visão dessas mulheres. Conclusões: Compreender de fato o que é a violência obstétrica e como ela pode ocorrer durante o ciclo gravídico-puerperal. Essa compreensão, além de evitar a negligência do uso do termo, ainda reduz as chances de ocorrência de intervenções médicas que possam ser incluídas nessas ações. Nesse sentido, percebe-se que intervenções que utilizam da hierarquia médica sem considerar a autonomia da mulher tanto na escolha da via de parto quanto durante o procedimento em si, podem se encaixar como violência obstétrica e causarem consequências emocionais para essas mães durante o puerpério.
Os trabalhos publicados deverão ter sido inscritos no Congresso Médico Acadêmico da Unicamp - COMAU, e terem o seu projeto aprovado por 2 avaliadores (docentes e pós graduandos escolhidos pela Comissão Científica).
O contato com a Comissão Científica pode ser realizado através do e-mail: ctfcomau@unicamp.br
Corpo Editorial: Diretório Científico Adolfo Lutz
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