: Introdução: No período de 2010 a 2020, o Brasil apresentou queda de 29,9% no coeficiente de mortalidade por aids padronizado para o Brasil, que passou de 5,7 para 4,0 óbitos por 100 mil habitantes. Diante da meta 95-95-95 do Unaids, com 95% das PVHA diagnosticadas até 2030, 95% das diagnosticadas em tratamento e 95% das pessoas em tratamento com carga viral suprimida, ainda é preciso aumentar a viabilidade do diagnóstico e o tratamento qualificado. Ademais, acerca do câncer de colo uterino, os elevados índices de incidência e mortalidade por câncer do colo do útero no Brasil justificam a implantação de estratégias efetivas de controle dessas doenças que necessitam de ações de promoção à saúde, prevenção e detecção o quanto antes. Para o ano de 2023, estima-se que haverá17.010 casos novos, o que representa um risco de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres. Objetivo: Descrever o plano de Enfermagem relativo aos cuidados com a paciente com HIV e câncer de colo de útero. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado por acadêmicas do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Piauí em hospital de grande porte em Teresina, no Piauí. Este estudo foi realizado entre os dias 06 e 13 de dezembro de 2022. Realizou-se uma coleta de dados com o uso de prontuários do paciente, entrevista ao paciente e investigação clínica com profissionais do setor de enfermagem que prestam cuidados ao paciente. Realizou-se uma busca nas bases de dados utilizadas foram Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), de modo que os descritores utilizados em ambas as bases de dados para as buscas foram “HIV” AND “Enfermagem” AND “Saúde”; “Câncer de colo de útero” AND “Enfermagem” AND “Tratamento”. Resultados: Dentre as intervenções de enfermagem necessárias ao plano de cuidado, dado o caso clínico em questão, tem-se: examinar a pele e as mucosas; ensinar o paciente e a família sobre os sinais e sintomas de infecção e sobre o momento de informá-los ao profissional de saúde; de modo que estas intervenções previnem possíveis infecções por uso de dispositivo invasivo periférico utilizado pela paciente. Ademais, a paciente encontrava-se constipada, o que torna necessário monitorar os movimentos intestinais, incluindo frequência, consistência, formato, volume e cor; orientar o paciente/família sobre dieta com elevado teor de fibras; encorajar o aumento da ingestão de líquidos. Além disso, a paciente relatou dor na região inferior do abdome, o que torna imprescindível ações como: realizar uma avaliação completa da dor, incluindo local e características; determinar o impacto da experiência da dor na qualidade de vida. Outrossim, orientar a aderência ao plano terapêutico para tratar o HIV e a realização periódica de exames e consultas para acompanhamento da região uterina são atuações essenciais na conduta de enfermagem. Considerações finais: A realização deste relato de experiência contribuiu para aquisição de conhecimentos clínicos sobre a doença, bem como os procedimentos e cuidados realizados conforme as necessidades clínicas da paciente.
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