INTRODUÇÃO: A lesão autoprovocada é a violência que a pessoa inflige a si mesmo, podendo ser subdividida em comportamento suicida e em autoagressão. Os principais fatores de risco incluem problemas biológicos, médicos, ambientais, psiquiátricos, psicológicos, filosóficos existenciais e motivações sociais e microssociais. Além disso, variáveis como sexo, idade, cultura e etnia possuem implicações importantes na epidemiologia do suicídio no mundo. OBJETIVO: Analisar o cenário da saúde mental no Estado do Maranhão segundo o perfil epidemiológico de lesões autoprovocadas. METODOLOGIA: Estudo descritivo e documental de abordagem quantitativa, onde foi analisado o cenário da saúde mental no Maranhão segundo os aspectos epidemiológicos de casos de autolesão notificados no SINAN segundo as variáveis: ano, sexo, faixa etária, raça/ cor, escolaridade, local de ocorrência e ato de autolesão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O presente estudo analisou 1.161 casos de lesões autoprovocadas no Estado do Maranhão, onde os números de casos foram predominantes no sexo feminino, em adolescentes e jovens, com idade de 15 a 29 anos. Ademais, os números prevaleceram na raça parda, em indivíduos com grau de escolaridade no ensino médio. Além disso, o local de ocorrência mais predominante foram as residências e envenenamento e objetos perfurocortantes como os atos mais prevalentes. CONCLUSÃO: Foi possível analisar que as variáveis como sexo, idade, cultura e etnia possuem implicações importantes na epidemiologia do suicídio e lesões autoprovocadas. Além disso, foi possível perceber que em relação aos números de casos dentro do recorte temporal há uma subnotificação revelando uma fragilidade no sistema e também um estigmatização em torno das lesões autoprovocadas.
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