Introdução: O aleitamento materno é a maneira mais eficaz de alimentar uma criança, por atender os aspectos nutricionais, imunológicos e psicológicos, protegendo-a de diversos riscos de saúde. Porém, quando o recém-nascido (RN) é hospitalizado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) surgem alguns obstáculos que consequentemente dificultam a oferta desse leite. Objetivo: Identificar os fatores que interferem no aleitamento materno na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Metodologia: Revisão integrativa de literatura, de caráter qualitativa, realizada em janeiro de 2023, através de levantamento bibliográfico nas bases de dados: LILACS, MEDLINE e BDENF, através da BVS e por meio de literatura complementar realizada na SciELO. Para busca, utilizaram-se os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH): “Aleitamento Materno”, “Recém-Nascido” e “Unidades de Terapia Intensiva Neonatal”, os quais foram combinados com o operador booleano “AND” no cruzamento. Como critérios de inclusão: artigos nos idiomas português e inglês, disponíveis gratuitamente, em texto completo, publicados nos últimos cinco anos e que respondessem ao objetivo proposto. E como critérios de exclusão adotaram-se os estudos duplicados nas bases supramencionadas, além de resumos, monografias, dissertações, teses e, artigos que não abordassem a temática. Emergiram-se na pesquisa 06 estudos. Resultados: Mediante a análise dos estudos, evidenciou-se que os neonatos hospitalizados que necessitam de cuidados especializados, podem apresentar dificuldade em estabelecer uma correta amamentação, com isso, sendo necessário a alimentação por via enteral ou parenteral, a depender do caso. De modo geral, a via enteral é a mais utilizada quando a amamentação no seio é impossibilitada. Nessa perspectiva, a alimentação ofertada pela sonda, geralmente, é feita com o leite materno da própria mãe. Considerações finais: Em síntese, os principais fatores que interferem no aleitamento materno na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal envolvem o processo de separação do binômio, a falta de apoio e de orientações para a mãe quanto à amamentação e a extração manual do leite, e a baixa produção do leite diante do estresse da hospitalização e pelo ambiente hostil. Além disso, envolve fatores relacionado ao RN, como as dificuldades de pega, sucção, deglutição e respiração.
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