RESUMO: Introdução: Sabe-se que a Neisseria meningitidis (meningococo) é a fomentadora da doença meningocócica, cuja sintomatologia se caracteriza por febre, cefaléia, vômitos, rigidez de nuca e/ou manchas vermelhas na pele, sendo mais evidenciada em crianças e adolescentes. Há uma gama de imunizações para as variações de N. meningitidis mas dentre as principais, vale destacar a C, importantíssima para o controle de surtos e epidemias no Brasil, implementada no calendário de imunizações na forma conjugada, desde 2010 para crianças. Desde então vem sofrendo modificações aos longos dos anos para atender a toda a população, tendo em vista a sua beneficência. Além disso, a sua implementação na Atenção Primária à Saúde (APS), assim como de outras vacinas, como a Meningocócica ACWY, Poliomielite 1, 2 e 3 e COVID-19, possibilitam a redução da incidência e mortalidade de doenças da cobertura vacinal em território brasileiro. Objetivo: Descrever sobre a assistência na campanha de vacinação da vacina Meningocócica C e adequação das demais vacinas do cartão vacinal aplicada à APS. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado por um acadêmico do curso de Medicina da Faculdade Atenas de Sete Lagoas em conjunto com a equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) Irmã Inês Carta na cidade de Papagaios, Minas Gerais. Este estudo foi realizado entre os dias 28 de janeiro e 30 de janeiro de 2023. Realizou-se uma coleta dos dados dos pacientes interessados em colocar em dia as vacinas anteriormente atrasadas e aqueles interessados na imunização da campanha contra a Meningite C. Realizou-se uma busca nas bases de dados PubMed e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando como guia os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Meningiti Meningococcal C AND Primary Health Care AND Vaccination Coverage”. Resultados: Foi possível aplicar 23 doses da vacina Meningocócica C em crianças a adultos, 14 doses de COVID-19 (atrasadas) e 13 das demais vacinas do calendário vacinal de rotina, atrasadas ou não, dentre elas a Meningocócica ACWY, vacina adsorvida difteria e tétano adulto (dT), Influenza Vírus, Rotavírus, Pneumocócica 10, Pentavalente e a vacina inativada poliomielite (VIP). Para aqueles com a caderneta vacinal atrasada foi possível preenchê-la ou remarcar uma data para completá-la com as vacinas ainda ausentes. Também foi possível perceber que a população cadastrada na ESF Irmã Inês Carta encontra-se razoavelmente consciente quanto à vacinação, sendo que a maioria que participou da campanha estava com o cartão de vacinas em dia. Entretanto, 5 participantes não apresentaram ou não tinham um cartão vacinal e/ou não estavam cadastrados no sistema de vacinas por serem da zona rural, terem perdido o cartão ou pertencer a outra cidade ou Unidade de Saúde. Assim, diversas doenças puderam ser apaziguadas pela prática da vacinação. Conclusão: A realização deste relato de experiência corroborou para a aquisição de saberes clínicos e multidisciplinares sobre vacinação de toda a caderneta, mas principalmente da Meningocócica C. Também esclareceu que a população se encontra medianamente preocupada com a vacinação, cabendo aos órgãos de saúde intensificar a conscientização vacinaL.
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