INTRODUÇÃO: Diversos fármacos e substâncias químicas podem acarretar efeitos colaterais no organismo de seus usuários, sendo esses efeitos benéficos ou maléficos. Nas gestantes, essas substâncias mostram um potencial alto de ocasionarem efeitos maléficos, mais conhecidos como efeitos adversos, devido às suas propriedades farmacológicas que liberam a passagem pela barreira placentária e também a hematoencefálica, assim causando malefícios para mãe e o bebê. OBJETIVO: Apresentar, por meio da literatura, as possíveis complicações relacionadas ao uso de drogas lícitas e ilícitas durante o período gestacional. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura científica, realizada nas bases de dados: LILACS, MEDLINE e SCIELO, por meio do cruzamento dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): "Gravidez", "Drogas ilícitas", "Anormalidades induzidas por medicamentos", cruzados entre si através do operador booleano AND. A busca ocorreu no mês de Fevereiro de 2023. Como critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas português e inglês, com o recorte temporal entre 2020 à 2022. Excluindo artigos duplcados nas bases de dados selecionadas e que não contemplasse o objetivo do estudo. Adotou-se como questão norteadora: "Quais as principais complicações apresentadas por gestantes usuárias de drogas?" RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após aplicabilidades dos critérios de elegibilidade, foram selecionados 5 artigos para compor a revisão. Evidenciou-se que o uso de substâncias lícitas e ilícitas durante a gravidez pode trazer consequências graves para a saúde da gestante e do feto, essas complicações acontecem por conta da alta capacidade das substâncias passarem pela barreira placentária, acarretando vários efeitos adversos. Esses efeitos estão inteiramente ligados ao tipo de substâncias utilizadas, tempo de uso e dose. Todavia, as principais complicações apresentadas são: o aborto espontâneo, descolamento da placenta, vasoconstrição placentária, parto prematuro e até mesmo o óbito fetal. Em neonatos podem ocorrer efeitos colaterais neurocognitivos e de longo prazo, outro problema é o menor peso corporal ao nascer, pois há restrição de crescimento intrauterino, consequentemente o recém-nascido pode manifestar a síndrome da morte súbita do lactente, bem como desordens do espectro alcoólico fetal. CONCLUSÃO: Portanto, entende-se que além dos vários prejuízos ao bebê e a mãe causados pelo consumo de substâncias lícitas e ilícitas no período gestacional, as gestantes tendem a ter menor contato com a equipe de saúde e menor aderência aos cuidados pré-natais. Ademais, o uso dessas substâncias no período gravídico configura um grave problema de saúde pública, pelo fato das grandes intercorrências obstétricas e neonatais, tornando-se importante a orientação dos profissionais de saúde que realizam o acompanhamento durante as consultas de pré-natal a respeito do acolhimento, orientação e apoio a essas gestantes, promovendo assim uma assistência qualificada e reduzindo danos para a mãe e bebê.
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