Umas das estratégias globais na proteção do meio ambiente é a presença de áreas protegidas, já que são instrumentos de conservação in situ da biodiversidade. Com isso, as Unidades de Conservação (UCs) são espaços criados por legislação com vistas a proteção da biodiversidade. Em Mato Grosso elas são importantes por preservarem remanescente florestal em compatibilidade com o desenvolvimento de atividades econômicas. Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância econômica das Unidades de Conservação de Mato Grosso. A metodologia é baseada na literatura do meio ambiente utilizando ambiente SIG para as análises. Foi observado que 6% do território Mato-grossense é composto por UCs, que protegem 3,6 milhões de hectares de remanescentes florestais. A existência dessas UCs impede emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera, auxiliando na mitigação das mudanças climáticas. Verificou-se também que o número de municípios que recebem ICMS ecológico tem crescido. O valor do repasse do ICMS ecológico no primeiro ano de sua existência, em 2002, foi de pouco mais de R$59 milhões de reais, enquanto que em 2019 esse valor foi superior a R$135 milhões de reais, o que significa que a preocupação com a proteção ambiental tem aumentado nos municípios do estado, já que a transferência é repassada para aqueles municípios que possuem UCs ou Terras Indígenas em seu território. Um exemplo de UC que protege a biodiversidade e aproveita-se de benefícios econômicos é o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, que em 2019 recebeu 183.592 visitantes e através dos seus gastos dinamizaram a economia da região com benefícios econômicos em torno de R$65 milhões e geraram 842 empregos diretos. As UCs têm um histórico de manter grande parte de seu remanescente florestal e a proteção de paisagens preservadas de grande relevância e beleza cênica permite, dentre outras ações, a atividade turística relacionada aos recursos naturais, proporcionando um impacto positivo na economia da região. Os resultados demonstraram alguns benefícios econômicos das UCs, instrumentos importantes para a conservação da biodiversidade e desenvolvimento econômico sustentável.
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