Introdução: A pré-eclâmpsia grave (PEG) é conceituada como a hipertensão que ocorre após a 20ª semana de gestação, concomitante de sinais de força como produzido da pressão arterial igual/maior que 160/110 mmHg, proteinúria igual/maior que 2,0 g ou 2 + em fita urinária, oligúria, níveis séricos de creatinina maiores que 1,2 mg/dL, sinais de encefalopatia hipertensiva, dor epigástrica, edema pulmonar, disfunção na atividade normal do fígado, coagulopatia e redução do número de plaquetas, além de dificuldades no crescimento intrauterino e/ou oligo-hidrâmnio. Objetivo: Desenvolver o processo de enfermagem à paciente gestante com diagnóstico de pré-eclâmpsia grave internada em uma maternidade. Metodologia: Trata-se de um Relato de Experiência realizado durante o mês de janeiro de 2023 na Maternidade Dona Evangelina Rosa durante os estágios de Trabalho em Campo XII – Saúde da Mulher. Utilizou-se prontuário, entrevista ao paciente e aos profissionais do setor obstétrico para a coleta de dados clínicos e histórico da paciente para a realização deste relato de experiência. Utilizou-se a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) para a coleta de dados, de modo que a questão norteadora para foi “Como se caracteriza a Pré-eclâmpsia grave?”, cujos descritores aplicados nas bases foram Decs/Mesh, sendo estes: pré-eclâmpsia AND enfermagem AND saúde da mulher. Assim, encontrou-se 12 artigos, dos quais 1 abordagem à temática da pré-eclâmpsia grave. Utilizou-se o Google Scholar com os mesmos descritores citados anteriormente, encontrando-se, a partir disso, 4 artigos. Não se utilizou filtro temporal e de idiomas. Resultados: Determinou-se diagnósticos acerca do quadro clínico da gestante, sendo estes os listados a seguir: Risco de pressão arterial instável evidenciado por desequilíbrio eletrolítico; risco para infecção evidenciado por procedimento invasivo; volume excessivo de líquidos relacionado a entrada excessiva de líquidos associado à mecanismo de regulação comprometido; risco de lesão por pressão evidenciado por edema; risco de queda evidenciado por condição que afeta os pés; risco de sangramento evidenciado por complicação gestacional; integridade da pele prejudicada relacionada à turgor da pele; perfusão tissular periférica ineficaz associada à hipertensão. A partir disso, dentre os cuidados de enfermagem principais a serem aplicados tem-se: Monitorar as tendências nos níveis séricos de sódio em populações de risco; monitorar a ocorrência de desequilíbrios eletrolíticos associados a hipernatremia; monitorar o aparecimento de indicadores de desidratação. monitorar a função renal; monitorar ingestão e eliminação; monitorar os sinais vitais conforme apropriado; identificar comportamentos e fatores que afetam o risco de quedas; identificar características ambientais capazes de aumentar o potencial de quedas; avaliar a localização e extensão do edema; monitorar resultados laboratoriais relevantes à retenção de líquidos; monitorar atentamente o paciente quanto a hemorragia; monitorar a ocorrência de sinais e sintomas de sangramento persistente (p. ex., verificar todas as secreções em busca de sangue vivo ou oculto); dentre outros. Considerações finais: Concluiu-se que o presente relato de experiência contemplou como a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) pode ser inserida nos cuidados para com a paciente gestante com pré-eclâmpsia grave em um caso específico e analisado.
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