Introdução: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), caracteriza-se como um grave problema de saúde pública, visto que está diretamente ligada à segurança do paciente, e sua qualidade de vida, durante o período de hospitalização. Segundo o Ministério da Saúde (MS), cerca de 1(um) em cada 10(dez) pacientes são acometidos por algum tipo de infecção hospitalar. Diante dessa perspectiva, o profissional enfermeiro, detentor do cuidado, deve estar atento aos fatores predisponentes associados ao desenvolvimento de infecções e estabelecer medidas preventivas no contexto do tratamento intensivo. Objetivo: Analisar as medidas de prevenção e controle de infecções em unidade de tratamento intensivo. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa, realizada em fevereiro de 2023, por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados da LILACS, BDENF e IBECS, através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Utilizaram-se os descritores em cruzamento com o operador booleano AND, da seguinte forma: "Controle de Infecções" and "Infecção Hospitalar" and "Unidades de Terapia Intensiva". Como critérios de inclusão, adotaram-se artigos publicados gratuitamente, em texto completo, nos últimos cinco anos (2018-2023), nos idiomas inglês, espanhol e português. Assim, encontraram-se 69 artigos. Os critérios de exclusão foram artigos incompletos, monografias, dissertações, artigos repetidos nas bases de dados e que não abordavam a temática. Por conseguinte, foram selecionados 3 artigos para a amostra final. Resultados: Mediante análise dos estudos, observou-se elevado índice de ocorrência dos casos de IRAS em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Evidenciado pelo uso de dispositivos invasivos como cateter venoso central, cateterismo urinário, ventilação mecânica e pelo tempo prolongado de internação. Além disso, evidenciou-se também que as IRAS consistem em um dos principais desafios assistenciais da equipe de enfermagem à pacientes graves, verificado pela alta taxa de mortalidade associada à infecção hospitalar. Diante disso, a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) surge como uma excelente ferramenta para coordenar os cuidados em saúde, permitindo ao enfermeiro identificar de forma prévia os fatores de risco predisponentes da infecção hospitalar. Sobretudo, adotando medidas que viabilizem o controle das infecções visando a promoção em saúde e segurança do paciente. Dessa forma, ressalta-se a importância da prática de higienização das mãos, antes e depois do procedimento, o uso correto dos equipamentos de proteção individual e a aplicabilidade asséptica adequada na realização dos procedimentos, objetivando o bloqueio da transmissão dos microrganismos patógenos. Com isso, o uso de tais medidas preventivas, associadas à educação permanente em saúde, tendo em foco a garantia de uma assistência capacitada e eficaz, demostraram-se como ações poderosas e eficientes para diminuição dos casos de IRAS na UTI. Considerações Finais: Em síntese, várias são as formas de controle e prevenção das IRAS, dentre elas destaca-se a higienização das mãos como a prática mais efetiva. Além disso, a adesão das medidas de educação permanente em saúde por parte dos profissionais é uma estratégia fundamental para o controle dessas infecções. Sendo assim, faz-se necessário padronizar a assistência de toda equipe, visando maior segurança e qualidade de vida do paciente.
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