RESUMO: Introdução: A polidactilia é caracterizada por um padrão anômalo de desenvolvimento ântero-posterior do membro em desenvolvimento desde a gestação, ou seja, um ou mais dedos extras que podem serem evidenciados nas mãos ou nos pés, em um único membro ou em vários simultaneamente. Segundo Brasil (2021) a polidactilia pode ser classificada quando a morbidade no subtipo “malformações menores”, que são anomalias congênitas que não geram problemas relevantes, sendo as mais comuns na população, variando em prevalência de 6-15/10.000 nascidos vivos, a depender da origem étnica populacional. Para remediar a situação a maioria das família preferem, por fins estéticos realizar a retirada do(s) dígitos supranumerários, mas para isso deve-se optar, em primeira análise, por um acompanhamento multidisciplinar, tendo em vista que essa anomalia pode ser um indicativo de outras patologias associadas. Objetivo: Analisar e descrever sobre a polidactilia e abordagens multidisciplinares de remoção de dígitos supranumerários em crianças portadoras. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, baseada inicialmente em 40 trabalhos das seguintes bases de dados: PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Science Direct. Foram utilizados como Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Children”, “Polydactyly” e “Surgery”, intercalados com o operador booleano AND. Critérios de inclusão: trabalhos completos, disponíveis na íntegra e gratuitamente, em inglês ou português, nos últimos 6 anos. Critérios de exclusão: revisões de literatura, teses de dissertação e mestrado, trabalhos que não tange a temática abordada, sendo que aqueles em duplicata nas bases de dados, não foram contabilizados. Ao final foram selecionados 4 trabalhos para compor a revisão. Resultados: Essa patologia apresenta 2 padrões de variação: polidactilia não sindrômica (surge isoladamente) ou polidactilia sindrômica (associada a outros defeitos/doenças congênitas). Sua manifestação tende a ocorrer nos eixos pré-axial ou radial (duplicação do polegar), pós-axial ou ulnar (dedo extra adjacente ao dedo mínimo) e central (anomalia no meio das mãos ou pés), podendo se apresentar com a presença do dígito inteiro ou parcial. Devido ao seu carácter sugestivo de outras doenças o tratamento por meio de remoções cirúrgicas deve ser realizado com o auxílio de uma equipe pluridisciplinar, composta por cirurgiões-pediátricos, enfermeiros, fisioterapeutas, geneticistas, pediatras, neonatologistas, ortopedistas e psicólogos, para maior efetividade do tratamento e prognóstico. Além disso, é de suma importância realizar uma investigação familiar do paciente, com o intuito de informar à família a recidiva de outros casos no grupo familiar. Conclusão: A presença de uma anormalidade na morfogênese embrionária como a polidactilia tende a ser um empecilho para a família e principalmente para a criança a longo prazo, tendo em vista que esse defeito pode afetar em demasia a aptidão funcional, estética e a qualidade de vida a longo desde o nascimento. Entretanto, para a sua correção é primordial saber diagnosticar o quanto antes e dar início a um tratamento multidisciplinar, já que a polidactilia pode ser significativa para outras doenças.
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