Introdução: As alterações anatômicas e fisiológicas impostas pela gravidez sobre o trato genital contribuem na colonização e persistência de microrganismos, facilitando mais constantemente a evolução para infecções sintomáticas. Objetivos: Identificar na literatura os fatores que predispõe a gestante à infecção recorrente do trato gênito-urinário. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em fevereiro de 2023 por meio das bases de dados SciELO e LILACS. Onde elencou-se a seguinte questão norteadora deste estudo foi fundamentada no acrônimo PICo (População, Interesse e Contexto), sendo definida como: Quais os fatores que predispõe a gestante à infecção recorrente do trato gênito-urinário? Foram elencados os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Infecções do trato genital”, Gestantes” e “Fatores de Risco”. As estratégias de busca foram formuladas baseadas nos descritores mencionados, aplicando o operador booleano AND. Foram elegíveis, artigos originais e disponíveis na íntegra, nos idiomas português e inglês no período de 2020 a 2021. Os critérios de exclusão compreenderam monografias, dissertações, teses, artigos incompletos, indisponíveis e aqueles que não tinham correlação com o objetivo do estudo. Assim sendo, foram identificados 41 estudos, dos quais, após a utilização dos critérios de elegibilidade e exclusão, restaram 17 estudos. Destes, somente 05 responderam a finalidade da revisão. Resultados: A iniciação sexual antes de 20 anos e o tipo de método contraceptivo tem ligação direta com as infecções recorrentes. Somado a isso, relacionamentos poligâmicos estão relacionados significativamente com a infecção por Trichomonas vaginalis. Paralelamente, as pacientes que identificaram-se verrugas clínicas ao exame, eram mais favoráveis a ter vaginose bacteriana. Outro preditor de infecções vaginais, foi o alto pH vaginal, pois as mulheres praticam duchas vaginais, que em sua maioria afetam sua flora vaginal normal, influenciando-as a infecções. Modificações frequentes nas composições bacterianas do microbioma vaginal podem levar à vaginose bacteriana, que é usualmente relacionada à inflamação vaginal. Países com baixa e média renda estão predispostos a vários desfechos negativos relacionados a infecções na gravidez, como é o caso predispostos a vários desfechos negativos relacionados a infecções na gravidez, como é o caso da clamídia. Ademais, fatores como trabalho de parto prematuro, ruptura prematura de membranas antes do parto, baixo peso ao nascer, distrofia miotônica, urgência miccional, leucocitúria e a flora bacteriana aumentada têm sido relacionados a infecções específicas do trato genital materno ou a uma microflora vaginal modificada na gestação. Por fim, as infecções vaginais foram análogas à presença de corrimento vaginal de forma amarelada e coalhadas. Conclusão: Tendo em vista os aspectos observados, são vários os fatores associados à prevalência de infecções do trato genital em mulheres gestantes. Estes têm grandes chances de serem prejudiciais para a vida ou a saúde dos envolvidos, tornando-se importante a busca pela assistência em saúde, delineamento de intervenções e condutas terapêuticas.
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