Mudanças socioeconômicas no Brasil resultaram em uma transição epidemiológica e nutricional observadas no decorrer das últimas décadas. Chama a atenção, o marcante aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade, sendo associado a uma alta incidência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), a citar o Diabetes mellitus (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Doenças Cardiovasculares e Cânceres, reforçando a necessidade de conhecer o perfil nutricional e a real situação de saúde da população brasileira. A avaliação e o monitoramento da situação alimentar e nutricional no país são diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), a qual deve ser realizada através do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). O SISVAN Web é um sistema informatizado, tendo como finalidade monitorar o padrão alimentar e o estado nutricional dos indivíduos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O sistema disponibiliza online dados sobre o consumo alimentar e o estado nutricional da população, podendo gerar relatórios públicos com as informações, estando acessível para os profissionais de saúde, bem como para qualquer indivíduo que deseje o acesso aos dados consolidados. Assim, este estudo teve por objetivo analisar o estado nutricional de adultos em Unidades de Saúde da Família (USFs) do município de Governador-Mangabeira, no Recôncavo da Bahia. Para tanto, realizou-se um estudo transversal descritivo, longitudinal, analisando dados secundários da plataforma online do SISVAN, referentes ao estado nutricional de adultos, no período de 2018 a 2022. Observou-se que o excesso de peso ao longo desses anos foi a categoria mais prevalente em todos os cincos anos analisados (média de 49,18%), uma vez que segundo o SISVAN é considerado excesso de peso a soma das categorias sobrepeso, obesidade I, obesidade II e obesidade III. A eutrofia foi a segunda categoria mais prevalente (média de 23,50%). Quando considerada as categorias de obesidade (I, II e III) observou-se maior prevalência de indivíduos acometidos pela obesidade grau I (média de 14,73%). Conclui-se que é de fundamental importância a atuação do nutricionista nas USFs, auxiliando na promoção, prevenção e recuperação da saúde dos indivíduos, foi possível ser observado que houve uma prevalência no excesso de peso entre os anos analisados. E, tendo conhecimento que o excesso de peso vem aumentado consideravelmente em todo território nacional e constitui-se em fator de risco para o desenvolvimento e/ou agravamento de diversas DCNT, torna-se imprescindível o desenvolvimento de políticas e ações ou aprimoramento das mesmas voltadas para o controle do sobrepeso e obesidade.
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