Introdução: A candidíase vulvovaginal é uma doença infecciosa não transmissível que acomete cerca de 75% das mulheres em alguma fase da vida e, geralmente, causa bastante desconforto. É frequentemente associada à baixa imunidade, ao estresse da rotina e ao uso de hormônios e medicamentos. Fatores como a má alimentação e doenças crônicas como a diabetes, também podem contribuir com a recidiva caracterizando-a como persistente ou complicada. Objetivo: Compreender as principais causas da candidíase, bem como seus meios de diagnóstico e tratamentos disponíveis. Métodos: Revisão integrativa da literatura, realizada na BVS, LILACS e MEDLINE. Operou-se com recorte temporal de 2018 a 2023. Para a busca foram empregados os descritores em Ciência da Saúde (DeCS):” Candidíase vulvovaginal" AND "Cândida albicans" AND "Micose". Como critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas português, espanhol e inglês, que abordassem a temática, nos últimos cinco anos. Critérios de exclusão: artigos que não contemplavam a temática, literatura cinzenta e estudos repetidos. Foram encontrados 14 estudos, após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 9 estudos. Resultados e Discussões: Após análise dos estudos, pode-se observar que a utilização de roupas apertadas, pouco ventiladas e variações emocionais também são fatores que fomentam a enfermidade. A qualidade de vida das pacientes acometidas é ruim, tendo em vista que os principais sintomas são leucorreia branca grumosa, hiperemia, prurido intenso, ardor e fissuras vaginais. Nesse viés, o fungo se aproveita da imunossupressão, assim, doenças como diabetes mellitus e hipertensão favorecem o desenvolvimento da doença. O diagnóstico é clínico, mas pode ser realizado o Papanicolau ou citologia. O tratamento é realizado através de antifúngicos como nitrato de fenticonazol e tinidazol, clotrimazol ou nistatina, por exemplo, associados ou não ao tratamento oral com fluconazol ou itraconazol, o qual geralmente é administrado em casos mais resistentes, também conhecida como candidíase complicada. Conclusão: Considerando o impacto na qualidade de vida das pacientes com candidíase, é imprescindível a realização de congressos internacionais para elaboração de um protocolo de tratamento definitivo com ênfase na manutenção de antifúngicos orais pós-tratamento, além da discussão de uma possível vacina antifúngica. Nesse sentido, é fundamental que a equipe de saúde se mantenha atualizados sobre as abordagens mais recentes com maiores índices de êxito, bem como apresentem todas as estratégias possíveis para cada caso, de modo a elaborar um plano de manejo com o paciente, distribuindo responsabilidades no tratamento, a fim de alcançar o melhor resultado.
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