Introdução: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) consistem em um grave problema de saúde pública a nível hospitalar, especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), devido às diversas técnicas invasivas realizadas para o tratamento de pacientes graves e instáveis. As Infecções da Corrente Sanguínea (ICS), responsáveis por acometer, aproximadamente, de 5 a 15% de todos os pacientes no primeiro mês de internação na UTI, tornando-se a terceira infecção mais recorrente neste ambiente. Objetivo: Descrever acerca dos principais métodos para prevenção de infecção da corrente sanguínea em pacientes nas unidades de terapia intensiva. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada por meio da análise nas bases de dados, disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo elas:MEDLINE, LILACS, BDENF e o IBECS, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) em cruzamento com o operador booleano and, sendo selecionado 12 trabalhos após aplicação dos critérios de elegibilidade para compor essa revisão. Resultados e Discussões: Evidenciou-se que entre os métodos profiláticos adotados na prevenção de infecção da corrente sanguínea nas unidades intensivas medidas de higienização são os mais importantes métodos de prevenção de infeção, uma vez que, as superfícies e equipamentos limpos e desinfetados conseguem reduzir em cerca de 99% o número de microorganismos. Sendo assim, a presença de sujidade, principalmente matéria orgânica de origem humana pode servir como substrato para proliferação de microorganismos ou favorecer a presença de vetores com a possibilidade de transportar passivamente esses agentes aos pacientes. Ademais, a lavagem das mãos foi relacionada a inibição de microrganismos como estafilococos coagulase-negativos, S. aureus, entre outros, ligados à infecções da corrente sanguínea associadas à linha central. Considerações Finais: Observa-se que para prevenção desse evento adverso a adoção de medidas como a higienização das mãos pelos profissionais é eleita uma das práticas mais efetivas, juntamente com a implementação de programas de educação em saúde e outras medidas como antissepsia da pele, avaliação correta do local de inserção do cateter, colocação do cateter guiada por ultrassom, banho diário de clorexidina e uso de discos impregnados com biguanida de polihexametileno (PHMB).
Comissão Organizadora
Editora Lion
Comissão Científica