Introdução: A oxigenoterapia consiste na administração de oxigênio a uma concentração maior do que a encontrada na atmosfera, ou seja, em ar ambiente 21%. Permanece sendo uma das alternativas terapêuticas para o manejo de doenças intersticiais pulmonares durante as emergências hospitalares, incluindo as pneumopatias crônicas. O comprometimento das vias aéreas tanto superiores quanto inferiores ocasionado pela fisiopatologia dessas doenças podem desencadear uma série de fatores críticos, como a dificuldade respiratória e quadros graves de hipoxemia. Objetivo: Buscar apontar as fundamentações científicas acerca da utilização da oxigenoterapia em pacientes portadores de pneumopatias, bem como, estabelecer evidências e consolidar conhecimentos para uma boa prática profissional. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com análise reflexiva, descritiva e qualitativa. Onde foram utilizados 05 artigos disponibilizados nas bases de dados MEDLINE e SciELO, a partir do cruzamento dos descritores “Oxigenoterapia”, “Hipóxia” e “Emergência”, sendo pareados ao booleano AND. Optou-se por estudos publicados nos idiomas inglês e português entre 2017 a 2022. Resultados: A oxigenoterapia a depender da sintomatologia e do estágio da doença é benéfica e apresenta contribuição significativa na reversão do quadro crítico do paciente, entretanto, utilizar o oxigênio suplementar em paciente em estágios iniciais sem presença de alterações respiratórias pode ocasionar malefícios ao cliente. No entanto, a oxigenoterapia de alto fluxo (OAF) instituída precocemente tem apresentado melhora clínica, redução da internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e menor necessidade de ventilação mecânica. Dentre seus mecanismos de ação, postula-se: o aumento da fração inspirada de oxigênio (devido à lavagem do espaço anatômico, fluxo fornecido acima do fluxo inspiratório máximo do paciente), contribuição de pressão positiva na via aérea (não constante) redução de atelectasias e pressão expiratória positiva intrínseca, melhor tolerância (estando aquecido e umidificado Considerações finais: A implementação da oxigenoterapia diminui consideravelmente a permanência dos pacientes internados na UTI, bem como a possibilidade de pneumonia associada à ventilação mecânica e barotrauma, em contrapartida o seu uso indiscriminado de oxigênio não apresenta benefícios, podendo gerar complicações em pacientes com doenças obstrutivas crônicas sem sinais de fadiga e graus avançados de hipoxemia.
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