Introdução: A Chlamydia trachomatis faz parte do grupo de bactérias gram-negativas intercelular obrigatória e é considerada uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo sendo responsáveis por causarem inflamação e danos aos tecidos cervicais juntamente do Papilomavírus humano (HPV), que é um agente precursor para o desenvolvimento de câncer de colo do útero. Mulheres que apresentaram lesões cervicais pré-malignas e malignas demonstraram que o HPV embora necessário, não seria capaz de causar as lesões completamente, sendo considerado um cofator que alinhado a outros fatores, como a infecção por Chlamydia trachomatis resultaram no aumento para o surgimento de neoplasia cervical. Objetivo: Investigar na literatura a correlação da bactéria Chlamydia trachomatis às manifestações de neoplasias no colo uterino. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada através das bases de dados: Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud (IBECS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Bactérias; Câncer e Infecções por Chlamydia. Cruzados entre si, por meio do operador booleano “AND”. No total, foram encontrados 49 estudos, destes foram selecionadas 06 artigos por abordar especificamente sobre o tema a ser discorrido. Selecionou-se artigos publicados nos idiomas espanhol e inglês, publicados no período de 2017 a 2023. Resultados: A soropositividade para C.trachomatis está inteiramente ligada com as neoplasias de alto grau em mulheres infectadas pelo HPV ontogênicos tipo 16 e 18. A Chalamydia trachomatis atua facilitando a entrada do HPV, danificando a integridade epitelial, possibilitando assim, as lesões no colo uterino. Essa bactéria é uma grande potencializadora dos danos, a infecção simultânea foi detectada com taxas de 2,3% em mulheres com citologia normal, 5,0% naquelas com células escamosas atípicas de significado incerto (ASCUS) e 10,4% nas mulheres com lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL). Conclusão: Mesmo sendo uma infecção sexualmente transmissível, a C. trachomatis se apresenta na maioria das vezes, como assintomática, havendo o aumento de novos receptáculos. Isso permite a infecção pelo HPV que, associados a outros fatores de risco, como uso prolongado de contraceptivos orais, multiparidade e tabagismo, aumenta a susceptibilidade para a manifestação de neoplasias cervicais.
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