Introdução: Aromaterapia é uma prática terapêutica considerada não farmacológica que utiliza propriedades dos óleos essenciais (OE) para que se possa recuperar e harmonizar o equilíbrio do organismo, promovendo a saúde física e mental. O parto está associado ao desenvolvimento de contrações dolorosas e rítmicas, que resultam em dilatação do colo do útero. Contudo, a utilização dos óleos essenciais durante o trabalho de parto pode ser um importante aliado diante das percepções dolorosas e psicológicas relacionadas a esse momento, como estresse, medo e desamparo. Objetivo: Identificar e descrever a importância do uso de óleos essenciais no trabalho de parto para parturiente. Metodologia:Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada em 2023, por meio das bases de dados: BDENF, LILACS e MEDLINE, através da BVS. Para a busca foram utilizados os seguintes descritores: Trabalho De Parto; Aromaterapia; Práticas Complementares, em cruzamento com os operadores booleanos “AND” e “OR”. Adotaram-se como critérios de inclusão: artigos que contemplassem a temática, disponíveis gratuitamente na íntegra, em português e inglês, publicados nos últimos cinco anos. E como critérios de exclusão: artigos repetidos nas bases de dados supracitadas. Emergiram-se na pesquisa 05 estudos. Resultados e discussão: Os resultados mostram que a aromaterapia é uma prática não invasiva que pode fornecer muito suporte à gestante. Visto a isso, o aroma exalado pelos OE ativa células nervosas olfativas e, dependendo do tipo de aroma, diferentes neurotransmissores são liberados, podendo ocorrer a diminuição dos hormônios do estresse e o aumento da secreção de beta endorfinas, resultando em redução no nível de ansiedade e, consequentemente, na percepção da dor. Diante disso, um estudo mostrou que a inalação do óleo essencial de gerânio (Pelargonium graveolens) é capaz de auxiliar na redução da ansiedade em trabalho de parto, regularizando parâmetros fisiológicos como a pressão arterial, a pulsação e a frequência respiratória. Identificou-se ainda que o óleo essencial de neroli (Citrus aurantium), possui efeito positivo na redução da ansiedade na fase ativa do TP e da fase de transição, por meio da mediação dos mecanismos bioquímicos envolvidos. Além disso, a aplicação dos óleos de Sálvia e Jasmin em gestações pós-data podem aumentar o nível de ocitocina e estimular a progressão no TP, já em relação a intensidade da dor, foi significativamente mais baixo com aromaterapia em todas as fases do TP. Conclusão: Diante do exposto, é possível observar que a aromaterapia com a utilização dos óleos essenciais mostrou eficácia no processo de parturição. Além de ser considerado uma prática não farmacológica utilizada para tornar o processo mais humanizado. Entretanto, faz se necessários políticas públicas para promover o financiamento dessas práticas na assistência à parturiente.
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