INTRODUÇÃO: O envelhecimento é um processo natural, contínuo e irreversível que acomete a vida do ser humano, comprometendo diversas esferas como, biológicas, psicológicas e sociais. São mudanças individuais que se desenvolvem progressivamente ao longo da vida. Em relação à sexualidade no âmbito do envelhecimento, este é é um assunto permeado de discriminação, rejeição e falta de informação, principalmente pela percepção da sexualidade centrada e limitada aos órgãos genitais. OBJETIVOS: Analisar na literatura produções científicas que discorrem sobre os tabus e preconceitos atrelados a sexualidade da população geriatrica. METODOLOGIA: Corresponde a uma revisão integrativa da literatura, realizada entre os meses de janeiro a fevereiro de 2023, mediante cruzamento dos descritores: Sexualidade; Tabu Social; Idoso, através das bases de dados MEDLINE, SciELO e LILACS. Foram elegidos como critérios de inclusão: manuscritos publicados em português ou inglês, com intervalo de publicação de 2019 a 2023, e que abordem a temática requerida, excluindo-se trabalhos duplicados, que compõem a literatura cinzenta, e outras revisões. Após análise de títulos, resumos e leitura na íntegra, cinco artigos compuseram a amostra final desta revisão. RESULTADOS: Conforme dados desta revisão, o maior problema que os idosos enfrentam sobre a sexualidade não se refere apenas às mudanças anatômicas ou fisiológicas, mas aos preconceitos remetidos pela sociedade. Considerando-lhes como seres assexuados, uma ideologia que gera uma mentalidade negativa nos próprios idosos, fazendo com que os mesmos acabem acreditando e até aceitando a situação, gerando preconceitos contra si mesmos. Envelhecer não é sinônimo de incapacidade sexual. Essa população, vítima de opressões e preconceitos acerca das suas sexualidades, é influenciada geralmente pelos aspectos socioculturais, de uma visão que costumeiramente as pessoas tendem a olhar o idoso como assexuados, frágeis e sem interesse e libido sexual, além de que os idosos não possuem apoio advindo dos profissionais de saúde, ao tempo em que também os familiares põem empecilhos para impedir que os mesmos possuam vida sexual ativa. Além disso, não existe estímulo por parte dos meios de comunicação, que mostram uma visão pouco atrativa do processo de envelhecimento geralmente associado a doenças e limitações. Outro fator a se destacar é que, nessa parte da vida, a ausência de um companheiro acaba estabelecendo limites para uma parte dos idosos comprometendo a expressão de sua sexualidade principalmente pela própria formação cultural do idoso que via a sexualidade como algo vergonhoso e apenas para fins de procriação e não de prazer e qualidade de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em síntese, é possível concluir que, apesar de a sociedade não ter um olhar voltado para a sexualidade do idoso como um processo natural, as mudanças no corpo conforme a chegada do envelhecimento são inevitáveis, porém, não são fatores que venham a interferir na satisfação sexual do homem ou da mulher. Mesmo com todas essas mudanças, o idoso pode ter uma vida sexual satisfatória
Comissão Organizadora
Editora Lion
Comissão Científica
Ferramenta completa de submissão, avaliação e publicação de anais para eventos científicos.
