INTRODUÇÃO: A Restrição de Crescimento Intrauterino (RCIU) é uma síndrome obstétrica que possui mecanismos etiopatogênicos e fisiopatológicos. Essa condição pode trazer diversos agravos a saúde do feto, levando ao crescimento desfavorável resultando em prematuridade, defasagem na passagem de nutrientes e oxigênio através da placenta e no baixo peso ao nascer. Com isso, a avaliação do crescimento intrauterino é essencial para o acompanhamento do percentil de baixo peso fetal, através do percentil será possível diagnosticar precocemente a RCIU e começar o tratamento com agilidade e precisão para reverter a situação. OBJETIVO: Analisar os fatores associados ao atraso no crescimento intrauterino. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em março de 2023, por meio das bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo elas: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCs), em cruzamento com o operador booleano AND da seguinte forma "Crescimento Intrauterino" and “Fatores de Risco”, encontrando 94 artigos. Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados na íntegra, nos últimos cinco anos, 2017-2023, nos idiomas inglês, espanhol e português, encontrando 18 trabalhos. Os critérios de exclusão foram: estudos duplicados, teses, revisões e dissertações que não contemplassem o objetivo do estudo. Deste modo, foram selecionados três artigos para a revisão. RESULTADOS: As causas da RCIU podem variar de gestação a gestação, porém as mais comuns são as anormalidades placentárias, hipertensão gestacional, infecções, tabagismo, etilismo, estresse materno, alterações endócrinas e hormonais. Além disso, o ambiente materno desfavorável pode acarretar em vulnerabilidades e déficits nas condições socioeconômicas levando ao desfavorecimento do desenvolvimento da gestação. Nota-se, que o estresse materno pode causar alterações no ácido desoxirribonucleico (DNA) do feto, causando possíveis anomalias, doenças genéticas ou até mesmo o parto prematuro colando o binômio mãe e filho em um quadro grave. CONCLUSÃO: Portanto, compreende-se que os principais fatores associados a restrição do crescimento intrauterino são causas intrínsecas e extrínsecas, como alterações endócrinas, hormonais, hipertensão gestacional, infecções, etilismo, tabagismo, estresse e vulnerabilidades sociais e econômicas que a gestante está inserida. O acompanhamento gestacional torna-se ferramenta importante dentro do pré-natal, pois através do acompanhamento periódico será possível notar as curvas no crescimento intrauterino e realizar o tratamento em tempo oportuno.
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