O presente estudo busca traçar um paralelo entre o modelo de administração pública conhecido como Gerencialismo, aplicado no Brasil a partir da reforma estatal da década de 1990, liderada pelo então ministro da Administração e Reforma do Estado Luiz Carlos Bresser-Pereira, e a teoria do New Public Management. Percebe-se, no Brasil, uma evolução dos modelos de administração pública iniciando com o Patrimonialismo clássico verificado nos primeiros séculos do Brasil colônia e nos primeiros anos da República, instituída em 1889 por meio de um golpe militar, passando pelo modelo burocrático - com base principal no tipo ideal de Max Weber -, até chegar no Gerencialismo (com técnicas de New Public Management) e a busca atual pelo novo modelo de New Public Service, mais voltado a um cidadão colaborador do processo decisório. Neste contexto, a teoria e a prática se misturam e, desta forma, pode-se perceber convergências ou distorções na realização do processo de aplicação do Gerencialismo no Brasil, bem como é possível depreender satisfações e arrependimentos por parte do responsável pela aplicação. Bresser-Pereira traz diversos artigos e livros com informações preciosas e que podem ser comparadas a partir do tempo em que foram produzidas. Assim, busca-se por meio deste trabalho introduzir ao tema, explorar teoria e prática, convergências e divergências entre o gerencialismo e New Public Management aplicados pelo professor e então ministro Bresser-Pereira durante a década de 90. A pesquisa, por meio de análises em dados secundários, perpassará pelas considerações feitas por Bresser-Pereira em suas publicações já na década de 2000, quando se mostra arrependido de algumas ações, como a criação de algumas agências reguladoras, por exemplo. Agências, essas, que foram base da reforma de Estado realizada. Faz-se necessária revisão bibliográfica e bibliométrica do tema, principalmente com as produções realizadas durante a década mencionada. Por fim, propõe investigações futuras e novas possibilidades de aprofundamento ao tema.
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