Introdução: Em diversos países os relacionamentos homoafetivos não são permitidos, em alguns deles ocorre até mesmo a sentença de morte. No Brasil, frequentemente queixas são feitas por discriminação sexual. A Política Nacional de Atenção Integral à População LGBTQIA+, tem o objetivo de sanar com as discriminações a essa população, sendo também um compromisso ético-político por parte do SUS, dos gestores, e trabalhadores da saúde, onde esses profissionais devem levar esse tema em discussão para os variados setores, pois a atenção básica é onde ocorre o primeiro contato do cidadão com o sistema de saúde. Objetivo: Identificar, na literatura científica, qual é a importância da equipe multidisciplinar na Atenção Básica na assistência à diversidade sexual. Metodologia:: Revisão integrativa da literatura realizada através das bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Medical Publications (PUBMED) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), através dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Diversidade de gênero”, “Atenção Primária à Saúde”, “Saúde Sexual” e “Pessoal de Saúde”; combinados entre si pelo operador booleano AND. A busca ocorreu no mês de agosto de 2022, como critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas português e inglês, que abordassem a temática, nos últimos cinco anos. Como critérios de exclusão: revisões de literatura, teses, dissertações, monografias, artigos que não contemplavam o tema e estudos repetidos nas bases de dados. A partir da busca inicial com os descritores e operadores booleanos definidos, foram encontrados 89 estudos nas bases selecionadas e após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 5 estudos para compor a revisão. Adotou-se como pergunta norteadora: Qual é a importância da diversidade sexual e a equipe multidisciplinar na Atenção Primária à Saúde?” Resultados: Existe diversidade sexual no âmbito da atenção primária à saúde, a qual é composta por identidades e expressões de gênero, orientação sexual e sexo biológico. Dessa forma, a atuação da equipe multiprofissional se faz necessária, deve estar preparada para abordar e acolher esses pacientes, e ao avaliar as principais solicitações dessa população, prestar um serviço adequado e humanizado. Vale ressaltar que essa prática ainda é pouco priorizada na atenção básica, visto que os profissionais não recebem a qualificação que deveriam para prestar a assistência à saúde e orientações acerca de informações de prevenção de doenças físicas e psíquicas ocasionadas pelo preconceito. Considerações Finais: Mediante ao exposto, fica evidente que são necessárias mudanças no sistema de saúde, para proporcionar conforto à diversidade sexual que está presente nesse ambiente. Destaca-se a função essencial da equipe multiprofissional no contexto de prover esse conforto. É primordial que os profissionais da equipe façam uma abordagem condizente com os desejos desses usuários, buscando diagnosticar eficientemente, suprir as necessidades e garantir o acolhimento. Para isso deve haver capacitação dos profissionais, para agir mediante preparo apropriado, prestando uma prática baseada em evidências, possibilitando um espaço integral para o cuidado da saúde desses pacientes, buscando construir pontes de compromisso para a atuação efetiva da equipe multiprofissional.
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