INTRODUÇÃO: Os anticoncepcionais orais combinados (AOC) são medicamentos compostos por baixas dosagens de hormônios de estrogênio e progesterona. Ainda, dentro da indústria farmacêutica apresentam maior taxa de prevalência de uso dentre as medicações de contracepção. Nesse contexto, o consumo exacerbado de AOC’s tem causado eventos trombóticos, desde infarto agudo do miocárdio até tromboembolismo venoso (TEV), assim, comprometendo diversos sistemas fisiológicos. OBJETIVO: Analisar a influência que o anticoncepcional oral combinado exerce no sistema fisiológico, e associá-lo a manifestação de eventos trombóticos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, na qual foram utilizadas as plataformas PubMed e SciELO, além de sites governamentais de dados epidemiológicos, para buscas dos mais recentes estudos publicados, com o uso dos descritores: anticoncepcional hormonal, efeito colateral, trombose. A pesquisa foi feita entre março de 2023, incluindo os idiomas português, inglês e espanhol, sendo encontrados 6 artigos no PubMed e 3 artigos no SciELO. Foram excluídos materiais que não abordavam de forma aprofundada a temática, e, com base em requisitos pré-estabelecidos, foram selecionados cinco (5) estudos de destaque para compor esta revisão. RESULTADOS: Em primeira análise, nos cinco estudos revisados, o AOC apresenta ser um método reversível de 99,9% de eficácia, com uma efetividade variante entre 98%-97%. No entanto, apesar da taxa de eficiência se mostrar satisfatória, as pesquisas indicaram que a pílula oral tem como principal efeito deletério: a trombose venosa e arterial. Isso acontece, pois, a dose do hormônio de estrogênio, o etinilestradiol, na corrente sanguínea, eleva a concentração plasmática da trombina e, consequentemente, provoca o efeito pró-coagulante. Além disso, um artigo selecionado mostrou que usuárias de AOC hipertensas apresentavam um descontrole da pressão arterial anormal que cessava após a suspensão da medicação. Tais indícios merecem atenção, uma vez que, a hipertensão é responsável por alterar a hipertrofia do músculo cardíaco, aumentando as chances para manifestação de eventos trombóticos. Desse modo, verifica-se a urgência na reavaliação dos critérios de comercialização e prescrição dos AOC`s para que sinais semiológicos prejudiciais à saúde não se tornem rotina nos atendimentos hospitalares. CONCLUSÃO: Constata-se, portanto, que o uso de AOC indiscriminado tem causado muitos prejuízos à saúde, acometendo os sistemas circulatório e cardiovascular, levando ao surgimento de trombose venosa e arterial. Nesse sentido, atualmente, o ministério da saúde, contraindica o uso de AOC para mulheres acima dos 35 anos, hipertensas, acima do peso, fumantes e com histórico familiar para o surgimento de coágulo. Ademais, estudos mais abrangentes centrados nos efeitos que o AOC causa no organismo, a curto e longo prazo, e na apresentação de sintomas adversos são necessários para melhor inteirar a temática proposta e compreendê-la.
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