INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional no Brasil vem crescendo de forma exponencial, atrelado a isso foi observado o aumento da incidência das doenças neurodegenerativas, como a Doença de Parkinson (DP) que está entre os distúrbios neurológicos que mais crescem em todo o mundo, caracterizando-se como a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente. No Brasil, a notificação da DP não é obrigatória, o que dificulta a estimativa de sua prevalência no país. Porém, segundo o IBGE, surgem 36 mil novos casos por ano, estimando-se uma prevalência atual com cerca de 200 mil indivíduos com DP impulsionados pelo aumento da longevidade, o declínio das taxas de natalidade e o aumento da industrialização. OBJETIVO: Analisar conforme a literatura os impactos gerados pela Doença de Parkinson na qualidade de vida da população geriátrica. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura, realizada em janeiro de 2023 mediante busca nas bases de dados tais como: SCIELO, LILACS e PUBMED, com os descritores: Idoso, Estilo de Vida e Parkinson. Foram selecionados estudos publicados a partir de 2019, em português ou inglês, disposto integralmente, excluindo-se estudos repetidos ou que não se enquadram nos critérios de inclusão. Desse modo foram selecionados cinco estudos para compor a amostra desta pesquisa. RESULTADOS: De acordo com os resultados das evidências científicas analisadas, as manifestações neurodegenerativas provocadas pela DP apresentam sinais típicos como: rigidez, tremor, instabilidade postural, disfunções cognitivas, alterações de sensibilidade, incontinência urinária, disfunção sexual, distúrbio do sono e reflexos profundos hiporresponsivos. Essas alterações desencadeiam a diminuição dos movimentos voluntários, incapacitando e limitando o portador por toda a vida. Portanto, os desafios de ter a DP interferem em atividades básicas, anteriormente consideradas rotineiras pelo idoso. Os pacientes percebem que passam mais tempo do que o habitual para realizar tarefas de autocuidado como, vestuário, higiene, alimentação, necessitando de uma terceira pessoa para lhes auxiliar, fato esse que compromete sua autonomia, devido o comprometimento da coordenação motora, com tremores e rigidez musculares e acabam por dificultar ou impossibilitar a realização das atividades de vida diária (AVDs) e ocasionando prejuízos a qualidade de vida desse público que já encontram dificuldades devido às alterações e limitações inerentes ao processo de envelhecimento. Em síntese, a maioria dos estudos relatam que são muitos os impactos que os idosos com DP enfrentam, mas especialmente os relacionados a questões motoras e emocionais, com interferência nas Atividades de Vida Diária (AVD), Atividades de Instrumentais de Vida Diária (AIVD) além dos aspectos físicos agravam a saúde mental desses indivíduos fazendo emergir sentimentos de tristeza e inutilidade, podendo até levar ao desenvolvimento de distúrbios psicológicos como ansiedade e depressão. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do supracitado, fica evidente que a DP modifica progressivamente e gradativamente a qualidade de vida do público geriátrico. Dessa forma, torna-se pertinente a incorporação multidisciplinar dos profissionais da saúde no acompanhamento contínuo tanto do indivíduo portador da DP quanto de seus familiares no que tange a informações relacionadas à evolução da doença e na formulação de estratégias que diminuam os impactos desencadeados por ela na qualidade de vida desses indivíduos.
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