A fissura labiopalatina é a malformação mais comum encontrada nos recém-nascidos vivos que, ao gerar uma falha anatômica, pode haver comprometimento da fala, da audição, da deglutição, no crescimento facial além de alterações na arcada dentária e na mordida. Dessa forma, vê-se a importância de uma equipe multiprofissional a fim de auxiliar esses indivíduos tanto na saúde quanto na ingressão à sociedade, visto que, por comprometer a estética, tais indivíduos apresentam grande dificuldade de aceitação pessoal. Trata-se de uma revisão integrativa. Esse tipo de percurso metodológico é composto pelas seguintes etapas: identificação da questão norteadora; estabelecimento de critérios de inclusão e de exclusão; categorização dos artigos; avaliação dos estudos incluídos; interpretação dos resultados e apresentação da revisão. A coleta de dados foi realizada no ano de 2023 por meio do portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medical Lieterature Analysis and Retrieval Sytem Online (MEDLINE), Literatura Latina-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Service of the U.S. National Library of Medicine (PUBMED), onde foi usado o método de busca avançada. No total foram incluídos na revisão 14 artigos, entre 2017 e 2022, onde todos trataram tal comorbidade como um importante indicador de saúde, considerando o alto impacto que ela traz ao indivíduo, desencadeando episódios de ansiedade, medo da avaliação social, baixa autoestima, imagem corporal desfavorável, fobia social e, juntamente com essas questões, baixo rendimento escolar, já que a escola se torna um ambiente hostil e desconfortável. Além disso, confirmou-se que o gênero feminino ainda é o que mais gera descontentamento, devido à alta cobrança da sociedade no que diz respeito ao padrão de beleza ideal, por isso a importância do acompanhamento psicológico. A malformação fissura labiopalatina é uma condição que requer a atuação multiprofissional, visto que a mesma abrange além da saúde clínica, a saúde emocional do indivíduo. Por isso, faz-se necessário atenção aos aspectos clínicos e psicossociais, realizados pelos cirurgiões-dentistas, fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida para o paciente.
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