Introdução: As doenças de Notificação Compulsória (NC) se constituem em patologias em que as autoridades de saúde pública necessitam de conhecimento sobre suas incidências. As notificações devem ser feitas por meio do Sistema de Informação de Agravos Notificados (SINAN), o sistema é atendido prioritariamente pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos constantes da lista nacional de agravos de notificação compulsória, mas também é disponibilizado para outros importantes serviços de saúde estaduais e municipais. Assim, dentre as principais doenças de NC destacam-se a AIDS, meningite, sarampo, rubéola, sífilis, hanseníase e tuberculose. Assim, as evidências atuais apontam que a atualização destas doenças de notificação ainda é baixa. Frente a isso, faz-se necessário ações de saúde para o controle e rastreamento de tais doenças. Objetivo: Evidenciar as principais ações que podem ser realizadas para o controle das doenças de notificação compulsória. Metodologia: Estudo bibliográfico do tipo revisão integrativa de literatura, realizado nas bases de dados SCIELO, LILACS e BDENF. Utilizou-se as palavras-chave indexadas no (DeCS): Vigilância epidemiológica, Doenças de Notificação e Doenças transmissíveis, aplicando o operador booleano AND. Definiu-se como critérios de inclusão: estudos disponíveis na íntegra, gratuitos, indexados nas bases de dados supracitadas, publicados nos últimos 3 anos. Critérios de exclusão: teses, monografias e estudos que não respondessem ao objetivo dessa pesquisa. Esse processo resultou na seleção de 6 artigos que foram utilizados para compor a amostra dos resultados. Resultados e Discussões: Entende-se que o grande desafio para o controle destas doenças, envolve a falta de investigação para o rastreamento precoce em comunidades. Nesse desfecho, a literatura evidenciou as necessidades de estratégias para acompanhamento de casos, notificação, investigação e tratamento da doença diagnosticada. É notório que um grande desafio para a vigilância epidemiológica é abordar a educação, promoção e prevenção em saúde, identificar riscos e prevenir a rápida disseminação, principalmente entre grupos de risco ou em contextos vulneráveis. Por isso, as ações de educação permanente em saúde, a capacitação profissional e a comunicação obrigatória a vigilância epidemiológica, são ações essenciais e imprescindíveis para o controle destas doenças, sendo fundamental a atualização na lista de notificação do SINAN. Conclusão: Os serviços de saúde, especialmente no período pandêmico, priorizavam as doenças graves e os casos de sintomas possíveis da Covid-19, tendo como intuito o controle da disseminação do vírus, diante deste fato, outras doenças de NC, foram deixadas de lado, como se fossem menos importantes. Assim, evidencia-se o declínio dessas taxas de notificação, o que se constata a necessidade destas ações supracitadas.
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