A importância da “boa aparência” nos dias atuais, em tempos de supervalorização da imagem, é fundamental para o convívio social das pessoas. Constituir uma “boa imagem” torna-se fundamental no mundo das essencialidades, na busca por satisfatórias relações interpessoais, pelo que se vê, na forma como se apresenta e no que parece ser. Carlos Drummond de Andrade, no poema “As contradições do corpo”, tematiza o confronto entre a essência e a aparência; a luta entre o desejo e o instinto e a tensão entre interior e exterior (FLORIANI; MARCANTE; BRAGIO, 2010). O presente trabalho tem o intuito de apresentar de forma prática o envelhecimento feminino, afim de desobjetificar a visão das mulheres sobre si mesmas, desassociando sua imagem corporal dos padrões impostos socialmente, ressignificando suas cicatrizes, relacionando-as a todas as suas vivências, que serviram de alicerce para a construção da sua subjetividade. A metodologia utilizada é um relato de caso oriundo das práticas extensionistas da universidade e aplicadas na casa das Samaritanas, localizada no município de Parnaíba do estado do Piauí, instituição não governamental de acolhimento à mulheres em situação de vulnerabilidade decorrente do uso de entorpecentes, utilizando como facilitador uma atividade simples que consistia no uso de uma caixa e um espelho afim de que as participantes manifestassem verbalmente como as mesmas se percebiam. A fundamentação teórica é pautada nos dados provenientes da International Society of Aesthetic Plastic Surgery e ademais artigos que abordam a temática. A atividade foi aplicada em um grupo de 7 mulheres que residem na instituição, com amplitude de 18 à 63 anos e medidade de 41,5. Com base nos resultados obtidos, foi percetível que havia uma diversidade de maneiras com as quais as participantes relacionavam sua imagem corpórea. As mesmas refletiam suas vivências e expectativas em relação a si próprias, o que pode justificar a diversidade de respostas.
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