INTRODUÇÃO: A raquianestesia consiste em uma técnica anestésica, que inibe temporariamente a sensibilidade dos nervos dos membros inferiores. Essa técnica é muito utilizada nos partos cesárea, sendo realizada através da aplicação de anestésico no espaço que circula o líquido cefalorraquidiano, onde ocorre o transporte da substância para o sistema nervoso. Entretanto, a raquianestesia pode trazer alguns riscos a mulher no parto ou pós-parto como a cefaleia, náusea e vômitos. OBJETIVO: Analisar os fatores de riscos associados a raquianestesia no parto cesáreo. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em março de 2023, por meio das bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo elas: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCs), em cruzamento com o operador booleano AND da seguinte forma: "Raquianestesia” and “Fatores de Risco” and “Cesárea”, encontrando 45 artigos. Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados na íntegra, nos últimos dez anos, 2013-2023, nos idiomas inglês, espanhol e português, encontrando 38 trabalhos. Os critérios de exclusão foram: estudos duplicados, teses, revisões e dissertações que não contemplassem o objetivo do estudo. Deste modo, foram selecionados quatro artigos para a revisão. RESULTADOS: A raquianestesia pode causar o aumento do líquido cefalorraquidiano após a aplicação do anestésico na 3º e 4º vértebra, esse aumento acarreta no extravasamento do conteúdo ocasionando a cefaleia pós-raquianestesia. Além disso, a anestesia raquidiana pode causar raramente convulsões, depressão respiratória e problemas cardíacos em casos de aplicação acidental do anestésico em um vaso sanguíneo. As náuseas e vômitos pós-raquianestesia, estão associadas ao risco de hipotensão da gestante durante o procedimento cirúrgico, levando os anestesiologistas a utilizarem pouco anestésico e aumentarem as doses de opioides na aplicação. CONCLUSÃO: Portanto, a técnica para aplicação da raquianestesia deve ser realizada por um médico anestesista qualificado, visando evitar riscos para a gestante e o recém-nascido no parto e no pós-operatório. Contudo, a equipe multiprofissional que atua na prestação de cuidados para a gestante, tem o papel fundamental de realizar uma avaliação efetiva com a gestante, buscando predisposições para cefaleia, náuseas e vômitos, que podem se agravar no parto com a aplicação da raquianestesia.
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