Introdução: A violência contra as mulheres é um problema extremamente grave que afeta a saúde pública em todo o mundo. Infelizmente, muitos casos não são reportados, mas é estimado que aproximadamente 35% das mulheres já sofreram algum tipo de violência física e/ou sexual em suas vidas, seja por um parceiro íntimo ou um desconhecido. É preocupante destacar que a maioria desses casos ocorre dentro de casa, e que 1 em cada 3 mulheres em um relacionamento afetivo já sofreu violência por parte do parceiro. É importante ressaltar que a violência contra as mulheres não é apenas um problema social, mas também um problema de saúde pública. As vítimas podem sofrer consequências físicas e emocionais de longo prazo, incluindo problemas de saúde mental, problemas de saúde física crônicos e até mesmo morte. A violência sexual, em particular, é uma terrível violação dos direitos humanos e pode ter consequências devastadoras para as mulheres. Além disso, a violência sexual também afeta a autonomia das mulheres, limitando seu potencial como indivíduos e membros da sociedade. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das mulheres vítimas de violência sexual no estado do Piauí. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo e transversal foi realizado por meio de um levantamento de dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (DATASUS) sobre a violência sexual ocorrida nas mulheres no estado do Piauí entre os anos de 2016 a 2020. As variáveis coletadas incluíram raça, escolaridade, idade da vítima e relação com o agressor. Após a coleta, os dados foram analisados por meio do programa software Microsoft® Office Excel® 2019. Resultados: Durante o período estudado, foram registrados 2.852 casos de violência sexual contra mulheres no Piauí, sendo que a maioria dessas ocorrências (55,9%) foi identificada em mulheres com idade entre 10 e 19 anos. Adicionalmente, constatou-se que a maioria das vítimas era de cor parda (74,9%) e possuía ensino fundamental incompleto (48,5%). A maioria dos casos de agressão (69,3%) ocorreu na residência das vítimas, sendo que o perpetrador da violência foi um amigo ou conhecido da vítima (33,3%). Conclusão: Os dados apresentados reforçam a urgência de medidas efetivas de prevenção e combate à violência contra as mulheres, a fim de garantir que todas possam viver suas vidas sem medo e com dignidade.
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