Introdução: Os acidentes de transporte, incluindo os acidentes motociclísticos, são um grave problema de saúde pública no Brasil. A partir da década de 1980, esses acidentes se tornaram a principal causa de mortalidade geral e para aqueles com idade entre 5 e 39 anos. Em 2013, o número de mortes por acidente de moto aumentou em 280% em relação a 2003, devido em parte ao aumento significativo da frota de motocicletas no país. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes vítimas de trauma motociclístico no período de 2018 a 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo é descritivo, quantitativo e retrospectivo, e foi realizado com base em dados secundários coletados por meio do site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados foram utilizados para analisar as internações de vítimas de traumas de motociclistas na cidade de Floriano, no Piauí, por meio das variáveis faixa etária, sexo, raça e caráter de atendimento. Os dados coletados foram organizados e analisados por meio do software Microsoft® Office Excel® 2019. Resultados: Durante o período analisado, ocorreram 5.000 acidentes motociclísticos no município de Floriano-PI, sendo mais comuns em indivíduos com idades entre 21 e 30 anos [1.391(27,8%)], do sexo masculino [4.139(82,8%)] e de cor parda [4.282(85,6%)]. A maioria desses acidentes foi classificada como urgência [4.767(95,3%)]. Conclusão: Com base nos dados apresentados nos resultados, pode-se concluir que os acidentes motociclísticos são um problema significativo de saúde pública em Floriano-PI, especialmente entre homens jovens e pardos. A maioria desses acidentes foi classificada como urgência, o que indica a necessidade de intervenção rápida e efetiva para prevenir lesões graves ou fatais. Esses resultados destacam a importância de ações preventivas direcionadas a esses grupos de risco, como campanhas educativas de conscientização sobre os perigos do trânsito, fiscalização mais rigorosa e medidas de segurança específicas para motociclistas.
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