INTRODUÇÃO: O anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) é um método anovulatório que mimetiza hormônios ovarianos: estrogênio e progesterona. Diante disso, o consumo de AHOC tem causado efeitos deletérios agudos e crônicos no sistema fisiológico dos usuários, levando a diferentes sinais semiológicos que devem ser compreendidos e reconhecidos. OBJETIVO: Compreender os sinais semiológicos do uso de anticoncepcional hormonal combinado oral, dessa forma, analisando os pós e contras da pílula contraceptiva em questão. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, na qual foram utilizadas as bases de dados do SciELO e PubMed conforme os seguintes critérios de inclusão: (1) língua inglesa e portuguesa, (2) intervalo de tempo de 2011 a 2021 e (3) relevância do artigo, usando as seguintes palavras chaves: contraceptivo oral, efeitos, sintomas. Os critérios de seleção utilizados foram pesquisas relacionadas ao tema e como critérios de eliminação: artigos que não correlacionavam com o objetivo do estudo, bem como relatos de caso, resultando em 5 artigos selecionados. RESULTADOS: Em primeira análise, com base nos cinco estudos realizados, o uso de AHOC, além de apresentar 99,9% de efetividade como método reversível de prevenção, a longo prazo, protege contra o risco de câncer, principalmente, de ovário, endométrio, intestino reto e grosso. Ainda, independente da combinação dos compostos, a medicação reduziu consideravelmente as lesões de acne. No entanto, dois estudos mostraram que, em usuárias da pílula oral, eventos tromboembólicos e cardiovasculares são mais recorrentes em comparação a mulheres que não fazem uso do fármaco. Ademais, esse fenômeno está relacionado com as dosagens do hormônio estrogênio no contraceptivo, quanto maior for a concentração do hormônio, maior a possibilidade de incidência de complicações como: trombose venosa profunda e embolia pulmonar. Outrossim, uma pesquisa apontou que em hipertensas, mesmo com uso de anti-hipertensivos, ocorreu o fenômeno de descontrole da pressão arterial que somente encerrou com a suspensão do AHOC. Isso decorre devido o estrogênio que aumenta a produção de aldosterona, aumentado assim a retenção de sódio. Além disso, os efeitos andrógenos do fármaco possuem sinais semiológicos que incluem: irritabilidade e aumento de peso, este último devido aos efeitos anabólicos presente na pílula. Também, no sistema nervoso central, o uso contínuo de AHOC, pode acarretar: depressão, episódios de vômito e distúrbio do sono. CONCLUSÃO: Constata-se, portanto, que os AOC’s têm causado muitos prejuízos à saúde, acometendo os sistemas nervoso e cardiovascular, levando ao surgimento precoce de comorbidades. Diante disso, atentar-se aos sintomas relacionados ao uso do contraceptivo é fundamental para identificar a instauração precoce de alguma patologia e preveni-la. Ademais, estudos mais abrangentes centrados nos efeitos e na apresentação de sintomas adversos são necessários para melhor inteirar a temática proposta e compreendê-la.
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