Introdução: As queimaduras são lesões causadas por agentes externos que constituem um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Podem ser classificadas quanto à profundidade, extensão e gravidade da lesão, e também de acordo com o agente causal. A maioria das internações hospitalares por queimaduras são de primeiro e segundo graus, com lesões de cerca de 20 a 25% de extensão, afetando principalmente a face, membros superiores e tronco. Homens, crianças e idosos são os principais afetados por essas lesões. Prevenção e manejo adequado das vítimas são fundamentais para minimizar a mortalidade e sequelas. Objetivo: Realizar uma análise descritiva do perfil epidemiológico dos casos de internações hospitalares de pacientes vítimas de queimaduras no Estado do Piauí, no período de 2018 a 2022. Metodologia: Este é um estudo epidemiológico descritivo-analítico que utilizou dados da ficha de notificação "Queimaduras e Corrosões" do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), disponibilizada pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS). O estudo analisou as frequências das variáveis por ano de notificação, perfil das vítimas (sexo e faixa etária) e o tipo de atendimento fornecido para cada caso. Resultados: Obteve-se um total de 2.157 casos referentes às notificações por queimaduras. No período analisado, o ano de 2018 obteve maior prevalência de casos, seguido dos anos de 2022 e 2021 com 22,5% (n=485), 20,7% (n=446) e 20,5% (n=442) dos casos respectivamente. O sexo masculino [n=1.376(63,8%)], a faixa etária entre 20 a 39 anos [n=536(24,8%)] e o caráter de atendimento urgente [n=2.167(99,4%)] foram os mais prevalentes. Conclusão: Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que as queimaduras e corrosões continuam sendo um importante problema de saúde pública no Piauí, com um total de 2.157 casos notificados durante o período analisado. O ano de 2018 apresentou a maior prevalência de casos, seguido de 2022 e 2021. O perfil das vítimas indicou que homens e adultos jovens (20 a 39 anos) foram os mais afetados. Além disso, o caráter de atendimento urgente foi o mais frequente, o que destaca a importância de medidas preventivas para reduzir a ocorrência desses eventos e garantir um atendimento adequado e efetivo aos pacientes afetados.
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