Introdução: O afogamento pode é caracterizado pela a inalação de líquidos extracorpóreos resultando em insuficiência respiratória. Esse tipo de acidente pode ocasionar inúmeras consequências nocivas para a vítima, como a hipóxia, parada respiratória e cardíaca, hipoventilação e hipotermia. O afogamento está classificado como uma das principais causas de acidentes que resultam em óbitos entre crianças, jovens e adultos jovens de todo Brasil, o qual, em 2018 foi classificada como a segunda maior causa de óbito entre crianças de 1 a 4 anos. Esse fator, pode ser associado as questões que permeiam a vulnerabilidade da criança que está relacionada ao período de amadurecimento cognitivo e descobertas, assim devido à baixa carga de discernimento, em que essas se submetem a atividades com riscos potenciais a saúde, ressaltando a necessidade do acompanhamento das atividades diárias dos pais ou responsáveis. Objetivo: Caracterizar o perfil o perfil epidemiológico das notificações dos óbitos decorrente a afogamento em menores de 5 anos ocorridos no estado do Piauí, no período de 2010 a 2020. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, descritiva com abordagem quantitativa dos óbitos em menores de 5 anos, decorrentes de Afogamento e submersões acidentais no estado do Piauí durante o período de 2010 a 2020. Os dados foram coletados por meio do site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídas informações como ano do óbito, município de notificação, cor/raça, faixa etária, sexo, local de ocorrência dos acidentes. Para realização da análise, os dados foram organizados no software Excel for Windows versão 2019. Por se tratar de dados secundários e de domínio público, não houve a necessidade de submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP). Resultados: No período analisado foram registrados 78 óbitos por Afogamento e submersões acidentais de crianças menores de 5 anos no estado do Piauí, destes, 21,8% (n=17) ocorreram em 2011 e 16,7% (n=13) em 2013. Em relação as características epidemiológicas, 62,8% (n=49) eram do sexo masculino e 62,8% (n=49) autodeclarados pardos. A faixa etária com maior número de casos foi de 1 a 4 anos com 96,2% (n=75), sendo a que a menos acometida foi a faixa etária de menor de 1 ano com 3,8% (n=3). O município que registrou maior número de mortes foi Teresina, com 17,9% (n=14.) dos óbitos. A maioria dos óbitos ocorreram em domicílios, totalizando 55,1% (n=43) dos casos. Conclusão: Os dados apresentados revelam uma situação preocupante em relação ao número de óbitos envolvendo crianças menores de 5 anos por afogamento ou submersão no Estado do Piauí, especialmente entre crianças pertencentes a faixa etária de 1 a 4 anos e do sexo masculino. Logo, ressalta-se a importância da introdução de processos de educação em saúde para conscientizar a população sobre primeiros socorros, bem como estimular a atenção redobrada e cuidados com o público infantil em casa.
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